6 lições dos meus primeiros 6 meses como UX writer

Pedro Quintino
Human-Centered Design Mindset
7 min readJul 20, 2020

Imagem de Calum MacAulay via Unsplash

Em 2017 li, pela primeira vez, o termo “UX writing”. Segundo a Google, uma das primeiras grandes empresas a apostar na contratação de UX writers, o papel deste profissional de UX consiste em:

“Transmitir a voz da marca e moldar a experiência do produto através de uma escrita capaz de ajudar os utilizadores a concluir uma determinada tarefa.”

Depois de 8 anos a trabalhar em marketing e publicidade como copywriter, decidi que uma aposta nesta nova disciplina do design seria o próximo passo na minha carreira.

Esta mudança aconteceu por duas razões:

  1. Notei que cada vez mais empresas estavam a apostar em atividades de UX e a valorizar a sua importância numa perspetiva de aumento de lucros;
  2. Pareceu-me haver um consenso de que a escrita para a experiência do utilizador, ou seja, focada nas pessoas e orientada para as guiar dentro de um produto e não para lhes vender algo, começava a ser valorizada como elemento essencial de uma interface.

Hoje, cerca de 6 meses depois de me ter juntado à Tangível, trago-vos os principais ensinamentos enquanto UX writer numa equipa responsável por desenvolver produtos digitais para um cliente na área da banca.

1. A primeira versão do copy nunca é a final

Quer seja um simples botão, um tooltip ou uma newsletter, a primeira versão de tudo o que escrevemos nunca é a final.

Depois de termos uma noção clara do problema a resolver, a primeira abordagem deve consistir em escrever a nossa mensagem na linguagem mais simples e clara possível. Como se estivéssemos a escrever para um familiar que nada sabe sobre aquele tema.

Em seguida, é preciso reescrever o texto aplicando a voz e o tom da marca ao produto. Antes de terminar, ainda há questões importantes a fazer. Este texto responde às necessidades dos nossos utilizadores? Há uma forma ainda mais clara e concisa de o dizer? Se a resposta for sim, o nosso trabalho ainda não está feito. Por último, é possível que o nosso texto ainda tenha de acomodar preocupações legais ou de segurança que, por vezes, somos obrigados a…

Pedro Quintino
Human-Centered Design Mindset

Content Designer at Anchorage Digital & Co-Founder of UX Writing Portugal