Bitcoin, Criptomoedas, Blockchain e Metaverso: quais os desafios contábeis?

O valorinveste.globo publicou que a tendência é clara: cada vez mais brasileiros, latinos e consumidores do mundo todo usarão outros meios que não o dinheiro em espécie para fazer compras no mercado, pagar a passagem no ônibus, pedir comida em um restaurante ou transferir o dinheiro do churrasco para o amigo.

Nos últimos anos, vem aumentando às discussões sobre as novas tecnologias, tornando-se comum ouvir termos como criptomoedas, bitcoin, blockchain e metaverso. Essas tecnologias podem proporcionar soluções e ajudar na resolução de diversos problemas, inclusive sociais.

Aqui, não vamos explorar conceitos e significados, ok? A sua tarefa é aproveitar essa leitura e aprofundar mais sobre esses termos. É o seu engajamento! :)

O metaverso ganhou popularidade desde que Mark Zuckerberg alterou o nome do Facebook para Meta, mas você sabia que metaverso já foi abordado há um tempo. Por exemplo, em março de 2021 a Microsoft anunciou a sua própria versão de metaverso: o Microsoft Mesh.

Podemos dizer que essa tema “viralizou” nos últimos dias, digo isso porque me peguei falando sobre isso na mesa de um bar com amigos, principalmente após a matéria do fantástico exibida no dia 05/12/2021 esclarecendo melhor sobre esse novo ambiente virtual. Quem diria!?!? :)

Você sabia que outras empresas já estão avaliando oportunidades de negócios e novos produtos? A Adidas, Nike e, até mesmo a Disney já estão pensando em novos produtos a partir do metaverso.

E nós, time Hurb, o que temos pensando sobre tudo isso? Como podemos aproveitar essas oportunidades de negócio? como podemos otimizar o turismo?

É interessante refletir sobre tudo isso, pois até pouco tempo, tínhamos computadores gigantes, mas hoje os notebook’s são as nossas principais ferramentas de trabalho, além dos smartphones e nuvem. Esses itens, hoje em dia, são até mais valiosos que os utensílios de casa, né? =)

Talvez, essa perspectiva seja muito mais fácil para os profissionais de tecnologia, pois já tem esse mindset na veia!

Mas será que nós de times mais técnicos da empresa estamos nos aprofundando nesse tema como deveríamos? Que tipo de análise e contribuição temos realizado? Como estamos nos preparando para criar novos produtos, novos softwares e novas análises financeiras?

Por exemplo, há poucos dias no dia 08/12/2021, a câmara dos deputados aprovou o projeto de Lei 2303/15, que prevê a regulamentação, por orgão do governo federal, da prestação de serviços de ativo virtuais justamente para trazer mais segurança e mais transparência nessas operações. Possivelmente, logo ali, num futuro bem próximo teremos o Real digital.

O projeto considera ativo virtual a representação digital do valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para realização de pagamentos ou com propósito de investimento. Além disso, como ponto importante, essa iniciativa tende evitar evasão tributária, restrições ao mercado ilegal e, o melhor, proteção aos consumidores.

Algumas pessoas ainda perguntam: vale a pena esse investimento? Precisamos mudar nosso mindset e aprender que tecnologia é investimento!! É sobre isso (…)

Meu pai sempre falou que investir em tecnologia é realizar golpe de ousadia! Hoje isso faz total sentido pra mim!

Penso sempre nas possibilidades presentes e reflexos no futuro. Sabemos pouco sobre criptomoedas, mas ela pode ser um diferencial importante nos processos de pagamentos e carteira digital. Alías, empresas em processo de internacionalização pode ser muito beneficiada com essa estratégia de negócio. Eu como cliente, gostaria de ter a possibilidade de pagar, por exemplo, com criptomoedas um pacote de viagem. Isso é interessante para empresa porque melhora a experiência do cliente além de reduzir processos burocráticos.

Segundo a reportagem do viagem.estadao, o público-alvo de agência, é o viajante jovem, com idade entre 18 e 35 anos, “perfil que mais investe em moedas digitais no Brasil”.

A hurb está com sua estratégia e estamos de olho nisso! Estamos no caminho (…)

Por outro lado, lembra que questionei como nossos times poderia contribuir em todo esse processo? Vou falar aqui dos nossos desafios aqui do time contábil.

Você sabia que atualmente não existe normas contábeis específicas para realizar o tratamento contábil de reconhecimento, mensuração e divulgação das criptomoedas?

No entanto, o debate atual traz várias questões como por exemplo, uma criptomoeda pode ser classificada como caixa e equivalentes de caixa, Instrumento Financeiro, Estoque, Ativo Intangível ou até mesmo Moeda Estrangeira? Enfim, a discussão sobre aspectos contábeis é longa, mas a partir da estrutura conceitual, o tratamento atual das moedas digitais tende a seguir como um ativo, pois trata-se de recurso controlado com objetivo de ter benefícios futuros.

Os aspectos contábeis sobre criptomoedas ainda estão sendo analisados, mas a tendência é por uma classificação de ativo intangível. Por aqui, no financeiro da nossa Hurb, temos desafios com todos esses novos negócios e estamos de olho em cada um deles!! :)

Caso queira aprofundar o tema, dicas interessantes abaixo.

Referências

KPMG(2019). https://assets.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2019/08/br-bm-blockchain,%20criptoativos%20e%20a%20contabilidade.pdf.

Pelucio-Grecco, M. C., Santos Neto, J. P. dos, & Constancio, D. (2020). Contabilização de bitcoins à luz das IFRS e aspectos tributários. Revista Contabilidade & Finanças, 31(83), 275–282. https://doi.org/10.1590/1808-057x201909110.