Otavio Simões Brissant
hurb.labs
Published in
3 min readAug 1, 2022

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Retenção de bons funcionários e responsabilidade dos gestores

Muitas vezes se pensa na retenção de bons funcionários como sendo uma responsabilidade única do RH de uma empresa. De acordo com essa crença, o referido setor deve dar benefícios, criar um ambiente agradável de trabalho, olhar com olhos de ver cada um dos seus colaboradores no que se refere às suas necessidades, entre tantas outras medidas. Contudo, engana-se radicalmente quem assim pensa. Explico.

As criações feitas pelo RH são essenciais para a manutenção do colaborador na empresa, entretanto, diga-se de passagem, o que mais é levado em consideração pelo funcionário na hora de permanecer em uma empresa é o reconhecimento do seu trabalho através de promoções e congratulações. Isso porque, é assim que o colaborador entende que o seu esforço e dedicação, concretizados em entregas reais, deve realmente ser valorizado.

Obviamente tudo o que o RH faz é essencial para que o colaborador permaneça na empresa, mas o ponto nodal do que ora se afirma é o de que nada adianta o RH fazer tudo o que está ao seu alcance se o gestor do colaborador em destaque não o reconhece através de medidas concretas como as acima descritas.

Dito isto, cabe ao gestor o dever de analisar o tempo da última promoção do colaborador, a qualidade das entregas que ele vem fazendo, dar atenção ao relacionamento que ele mantém com os demais membros da empresa, assim como a sua maturidade profissional para não ser injusto e deixar de promover aquele que merece ser promovido.

Aliás, vale ressaltar que esse é um dos principais papeis de um líder, que com essas atitudes justas mantém todo um time trabalhando de forma harmoniosa e 100% produtiva e comprometida.

Até porque, caso o líder não tenha esse olhar cuidadoso para o time de sua responsabilidade, certamente terá a sua equipe desmantelada em médio prazo, perdendo, nesse movimento, colaboradores chaves para a empresa e que muitas vezes são tidos como referências para muitas outras pessoas que lá trabalham.

Nesse giro, ainda que por hipótese remota este colaborador que ora se encontra em destaque não peça demissão, certamente deixará de ser uma “estrela em ascensão” para virar um meteoro e cair terra abaixo.

Pelo que se afirma acima, o gestor tem que saber o momento certo de tomar determinadas atitudes com os seus liderados para que estes não comecem a pensar que os seus esforços não valem a pena, não são vistos, reconhecidos, são menosprezados etc. Ou seja, o gestor tem que deve ser pontual na hora de reconhecer o profissional, ele não pode se dar ao luxo de atrasar nessa ação ou tampouco se adiantar, afinal, o resultado de sua impontualidade pode ser irreversível.

A frustração desse colaborador será tamanha que, repita-se à exaustão, por mais que o RH seja impecável, irá procurar outro lugar para dedicar a sua força de trabalho.

Por todo o exposto, resta claro que a retenção do colaborador não pode ficar sobrevoando apenas o setor do RH, pois há que se fazer um esforço múltiplo entre o referido setor e o gestor de uma equipe a fim de mantê-los na empresa.

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