Vamos falar sobre ambiente de trabalho
Antes de comentar sobre o assunto propriamente dito, é interessante refletir a respeito do que faz um trabalho ser legal ou chato, maçante ou produtivo. Será que são apenas as demandas e a função que cada um exerce no setor? Ou será que todo o seu entorno do dia a dia interfere nessa resposta também?
Talvez, se formos responder no instinto, vamos falar que o ideal seja apenas a união desses fatores, certo?
Mas, no período de quase dois anos para cá, eu tive contato com vários tipos de empregos, nos quais absorvi muitas realidades diferentes na minha rotina. Mesmo com tanta variedade, no fundo sentia que alguma coisa estava faltando. Entrei em um que considerava muito “quadradinho”, mesmo gostando da demanda. No seguinte, o ambiente era mais leve, porém eu não suportava a minha função. No outro, eu não me sentia bem em nada. E ainda teve o que eu simpatizava com quase tudo. Mas no final, o que prevaleceu para eu continuar em busca da satisfação? Afinal, é um período curto de tempo para tantas trocas de trabalho.
Alguma coisa dentro de mim almejava não apenas o ideal. Tinha algo naquelas empresas que me deixava inquieto em determinados momentos, mas eu não conseguia identificar claramente o que era. Foi então que parei para pensar no que todas essas experiências tinham em comum e dei de cara com um fato interessante: nenhuma delas tinham um diferencial, aquilo que as tornassem únicas de alguma forma.
Parando para pensar, é como se todas estivessem usando apenas uma fórmula de gerir pessoas, com foco exclusivamente em resultados (que nem sempre eram positivos). Levando para o lado do futebol (não consigo resistir), é como se um técnico estivesse colocando seu time para jogar sempre no mesmo sistema tático, independente da produtividade dos jogadores, e depois ainda ficasse “se esgoelando” para fazer o time ganhar na hora do jogo. É só uma metáfora, mas diz muito sobre alguns ambientes de trabalho.
Enfim, percebi que o trabalho é muito mais do que o chamado “ideal”. Ele pode ser mais amplo e explorar dentro de você habilidades e desejos que você nem sabia que existiam. Só um lugar que se preocupa com as pessoas é capaz de desenvolver isso em cada um.
E foi nesse período de nove meses trabalhando no Hurb, maior tempo que eu já passei numa empresa (isso talvez queira dizer algo), que eu encontrei pessoas preocupadas em ir além da fórmula básica de gestão. Pessoas preocupadas com pessoas. Pessoas que buscam te tirar da zona de conforto para ver seu crescimento lá na frente. Esse sim é um grande diferencial!
Talvez, um aspirante a jornalista, apaixonado por futebol, não se imaginasse trabalhando em uma empresa de turismo quando começou a faculdade. Mas aí é que está… Não é só uma empresa de turismo. It’s All About People. E eu pude ressignificar o sentido de ideal na minha vida. E, graças a isso, agora sei que posso me tornar muito mais do que imaginava.
