Que as marcas nos atrapalhem menos. Amém.

Andre Tomazetti
I. M. H. O.
Published in
2 min readOct 7, 2013

Eu não consigo entender o relacionamento que a maioria das marcas têm com seu público. Elas querem nossa atenção e nossa fidelidade mas, em todos momentos que tentam se comunicar, estão nos atrapalhando e enchendo o saco. Seja se enfiando entre os blocos de nossos programas de TV/Rádio com propagandas chatas, seja “pulando” na frente dos sites que acessamos com popups/banners coloridos ou emporcalhando a cidade com panfletos e cartazes. Fazendo uma analogia com o relacionamento entre as pessoas seria como um rapaz que é apaixonado por uma moça e tenta dizer isso da forma mais inconveniente, atrapalhando a diversão da donzela e enviando mensagens que não interessam a ela naquele momento.

Não seria mais fácil para o rapaz oferecer à moça algo que ela realmente quer? Não daria mais resultado se ele oferecesse algo útil, que poderia substituir o que a moça faria naquele momento se não estivesse sendo galanteada? Para as marcas vale o mesmo! Um exemplo da aplicação disso:

- O cliente paga para assistir ao show do artista KYJ. Seu desejo principal é assistir ao show. Mas não seria nada mal se ele tivesse um lugar mais confortável, mais perto do palco, menos apertado, mais seguro, entre outros benefícios.

- A marca XYZ sabe que os fãs de KYJ fazem parte de seu público-alvo e resolve fazer uma ação durante o show. Seguindo o pensamento atual ela: distribuirá panfletos na entrada do evento, estampará sua marca em todos lugares possíveis durante o evento, exibirá seu comercial nos telões do palco, entre outras ações intrusivas.

- E se, ao invés de fazer essas ações chatas, ela criasse um espaço com aqueles requisitos adicionais apresentados no primeiro tópico? A marca prestaria um serviço ao seu público ao invés de atrapalhá-lo. Com uma segmentação e uma execução bem feitas essa marca conseguiria uma penetração muito maior, um ROI otimizado, a um custo inferior e sem incomodar a ninguém.

Esse conceito pode ser adotado por todas as marcas em todas as mídias. Já pensou no fim dos intervalos comerciais na TV? No fim dos banners chatos? Tudo isso é possível e depende de nós marketeiros e de nossos amigos publicitários.

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Andre Tomazetti
I. M. H. O.

Um gestor público com missão de otimizar o Estado, tirando da frente todos aqueles obstáculos que o cidadão encontra para fazer seus direitos serem respeitados.