Visualização de dados no Design de Dashboards

Tabata Milanez
I.Systems — #beyondtogether
4 min readFeb 1, 2021

Quem nunca ouviu a frase “os dados são o novo petróleo”, que atire o primeiro gráfico! E que não seja de pizza! 🍕

Unplash foto com a frase "data has a better idea"

Os dados estão no centro de quase tudo. Diariamente são utilizados no trabalho, em aplicativos de exercícios, investimentos, tempo de uso do celular, monitoramento de sono, frequência cardíaca, entre outros. No trabalho, temos dashboards e escutamos os termos como KPI, OKRs, dados brutos, data driven, mineração de dados, análise de dados, estudos de mercado, big data, variáveis, pesquisa quantitativa, qualitativa, clusterização, agrupamento e classificação.

Stephen Few, um especialista na área de business intelligence, sugere alguns pontos sobre visualização de dados. São eles:

“ … uma exibição visual das informações mais importantes necessárias para atingir um ou mais objetivos; consolidadas e dispostas em uma única tela para que as informações possam ser monitoradas de relance. "

“A consistência permite que os visualizadores usem a mesma estratégia de percepção para interpretar os dados, o que economiza tempo e energia”. Os métodos de visualização também devem estimular o visualizador a considerar e apreciar os significados subjacentes vinculados a todos os dados brutos. No entanto, as representações gráficas, ou qualquer outro aspecto superficial do design, não devem desvirtuar esses significados, garantindo que aumentem a compreensão do espectador. Interaction Design Foundation — Information Visualization: Getting Dashboards Right

No momento de desenvolver um dashboard, devemos apoiar e colaborar com o usuário e sua capacidade humana de compreender para extrair os significados vinculados aos dados da melhor maneira sem chegar a exaustão.

"A experiência de visualização é restringida pelos limites da cognição humana, que abrange atenção, memória, aprendizagem, raciocínio, produção e compreensão da linguagem, resolução de problemas e decisão — fazer."

Interaction Design Foundation — Information Visualization: Getting Dashboards Right

Existem inúmeros conceitos e princípios que contribuem para ajudar a cognição humana. Sabemos que um design consistente permite que os usuários extrapolem o conhecimento de uma instância para outra, com o mínimo de esforço cognitivo e consciente. Não basta somente escolher o gráfico certo para demonstrar cada categoria de informação, somente com informação o usuário não consegue perceber e detectar o que precisa para ter um insight e tomada de decisão.

Edward Tufte, um especialista em visualização de informações, observou que:

“Os gráficos ineptos também florescem porque muitos artistas gráficos acreditam que as estatísticas são enfadonhas e tediosas. Conclui-se que os gráficos decorados devem animar, animar e, muitas vezes, exagerar as evidências que existem nos dados … se as estatísticas são enfadonhas, então você tem os números errados.“ — Information Visualization: Getting Dashboards Right

Com tantos pontos a serem observados e considerados, vamos ao nosso bom e velho "faça e não faça" para o design de dashboards:

Faça 🤩

  • Fragmente e coloque somente as informações necessárias;
  • Permita a identificação instantânea de informações mais específicas;
  • Reduza o tempo de viagem necessário para chegar à informação desejada;
  • Use os mesmos estilos, funções e métodos de exibição;
  • Menos rótulos e mais textos claros;
  • Classifique as informações de acordo com o conjunto de dados;
  • Estabeleça hierarquias visuais e organize as informações de acordo com a importância;
  • Espaços em brancos reduzem a desordem, mas precisam ser adicionados corretamente;
  • Escolher o gráfico correto é parte da equação para aumentar a compreensão;
  • Pense sempre na limitação de memória de longo prazo;
  • Tenha em mente que as limitações dos usuários e acessibilidade são importantes;
  • Pense sempre na melhor forma de demonstrar um alerta, seletividade e capacidade limitada;
  • Todos os elementos do seu dashboard devem desenhar uma função;
  • Template dark é mais que uma necessidade;
  • Permita que os usuários personalizem seus dashboards;
  • Projete para o usuário chegar no fator Eureka, “Aha”, uma experiência surpreendente e instantânea, para obter insights.

Não faça 🤭

  • Não utilize gráficos de forma desnecessária, a experiência do usuário pode ser prejudicada;
  • Rolagem em excesso cansa qualquer usuário;
  • Hierarquias falsas podem levar o usuário a tirar conclusões precipitadas;
  • Não adicione espaços mortos e sem significado;
  • Cuidado com quantidade de itens que o usuário consegue reter na memória de curto prazo ao navegar no dashboard;
  • Não se esqueça dos daltônicos e da acessibilidade na totalidade;
  • Não utilize cores sem significado;
  • Dados numéricos alinhados à direita em tabelas;
  • Dados textuais alinhados à esquerda em tabelas;
  • Cabeçalhos alinhados com os dados;
  • Utilize fonte tabular, a mesma se comporta melhor com números;
  • Não utilize animações sem necessidade, pode prejudicar a memória e negligenciar o significado;
  • Adicione recursos visuais atraentes e não desnecessário;
  • Não retire os eixos por estética, pode sacrificar a compreensão;
  • O gráfico de pizza é um infrator, pois demanda além da nossa capacidade de memória de curto prazo, além de extrapolar a Lei de Miller, que menciona que pessoas armazenam de 5 a 9 itens na memória de curto prazo. 🍕

O design deve transmitir de forma clara e eficiente o significado dos dados representados no Dashboard.

— Information Visualization: Getting Dashboards Right

Sendo assim, um dashboard é tão eficaz quanto a qualidade de seu design. Melhorar o design é aumentar a usabilidade e experiência de visualização.

Até a próxima!✍🏽 👩🏾‍💻 🙌🏾 🏳️‍🌈

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