Crescimento do E-commerce na Quarentena

Edson Santos
ViaHubtecnologia
Published in
3 min readMay 5, 2020
Crescimento do E-commerce durante a pandemia

O mundo, como um todo, vive uma situação que não foi vista em pelo menos 100 anos e, mesmo assim, de uma forma muito diferente.

Com a gripe espanhola em 1918, as pessoas estavam vivendo o fim da Primeira Guerra Mundial. A comunicação e a proximidade das pessoas eram diferente do que ocorria até poucos anos antes. As viagens de navio, entre a América e a Europa ou mesmo outros continentes já era uma realidade.

Hoje temos um mundo globalizado, em que alguém, pode participar de uma reunião da China e, pouco mais de um dia depois, estar em outra reunião no Brasil. Compramos um produto que será montado em um local, com partes vindas de outros locais, separados por milhares de quilômetros que recebemos em mãos, as vezes, no mesmo dia.¹

Com o início da quarenta por conta da pandemia de coronavírus em março em São Paulo e em boa parte do Brasil, a primeira coisa que as pessoas fizeram foi correr aos supermercados para fazer “a compra do mês” ou mesmo dos meses, com medo de um desabastecimento, que não foi verificado até o momento.

Com muitas pessoas, principalmente profissionais de maior poder aquisitivo em casa e trabalhando em home office, a solução para evitar sair de casa para compras simples foi usar um conhecido de muito tempo, mas mesmo assim, muitas vezes discriminado: o e-commerce.

Desde aplicativos de delivery de comida pronta até compras em grandes redes, o e-commerce teve um boom nesses dias. Pequenos comércios, que muitas vezes “acham” que não é importante ter uma loja virtual, tiveram que da noite para o dia vender por WhatsApp ou Facebook, mesmo não tendo uma presença online sólida.

Um levantamento da Kobduto e publicado pelo Portal E-Commerce Brasil entre 15 e 24 de março de 2020, registrou os seguintes números:

  • brinquedos +643,05%;
  • supermercados +448,09%;
  • artigos esportivos +187,90%;
  • farmácias +74,70%;
  • games online +58,46%;
  • entregas + 55,66%

Existem outros setores que não tiveram esse crescimento ou mesmo encolheram nesse período, como o setor de turismo.

Já outro levantamento da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) ³, aponta um crescimento geral de mais de 100% se comparado ao mesmo período do ano passado. Assim, da forma que está crescendo agora, poderá manter a dianteira ao fim da pandemia, segundo esse levantamento.

E colocando uma lupa nesse segmento, temos o caso da Ricardo Eletro, rede de mais 300 físicas que pertence ao grupo Máquina de Vendas. A Ricardo Eletro teve um aumento de vendas em seu comércio eletrônico de 32% em março. Alguns itens, como notebooks, telefones e mesas de escritório, chegaram a crescer mais 80%.

A rede, inclusive passou a aceitar em seu marketplace outras categorias que não estavam em seu portfólio, como alimentos e linha médica, além de permitir que seus vendedores possam usar um link para que receba comissão pelas vendas pelo seu site.

Vamos ver nos próximos dias como a pandemia afetará as vendas do comércio eletrônico no começo de maio e iremos falar sobre isso em um próximo post.

¹https://www.techtudo.com.br/noticias/2020/03/amazon-comeca-a-entregar-produtos-no-mesmo-dia-da-compra.ghtml

²https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/levantamento-aponta-segmentos-e-commerce-crescem-coronavirus/

³https://abcomm.org/noticias/ecommerce-coronavirus/

³https://jornaldebrasilia.com.br/economia/e-commerce-brasileiro-tem-crescimento-de-mais-de-100-em-tempos-de-quarentena/

4 https://exame.abril.com.br/negocios/ricardo-eletro-impulsiona-vendas-online-em-meio-a-pandemia-do-coronavirus/

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