10 de abril de 2022

O dia em que eu pedi uma garota muito especial em namoro

Enzo Buzzatti
Iandé
4 min readMay 18, 2022

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Averdade é que foi em Janeiro, quando tudo começou, quando nós dois começamos a conversar um com o outro praticamente todos os dias, sem nenhuma intenção por trás, apenas sendo amigos e compartilhando histórias, mas uma parte de mim sabia o que eu realmente estava sentindo, eu estava gostando dela, de falar com ela e de falar o que eu fiz no meu dia pra ela e não sentia isso com mais ninguém. Entretanto, eu que não conhecia ela em pessoa ainda, apenas tinha trocado mensagens com ela na rede social, eu sabia da comida preferida dela, cor, esporte favorito, altura, onde ela estudava e algumas outras coisas, mas não fazia ideia de como era apertar a mão dela, abraçar ela, tocar no cabelo dela ou até mesmo beijá-la.

Depois de um tempo conversando com ela, decidimos marcar de sair juntos, apenas nós dois, um encontro, só tinha um problema, eu estava morando e estudando em São Paulo — já ela, morava no Rio de Janeiro. Os meus amigos me avisaram, falaram que eu não podia começar a me apaixonar por ela por causa da distância e como seria difícil, eu concordava, sabia de tudo que eles estavam falando e estava ciente dos problemas que teria, mas o meu amor por ela era muito maior que a razão. Comprei uma passagem de ônibus para o primeiro feriado de fevereiro, e foi no dia 25, que tínhamos combinados de nos encontrar.

Eu me lembro muito bem desse dia, do quanto ele durou e por que me marcou, mas não tanto o dia que ainda estava por vir. A viagem de 6 horas pareceu durar um dia inteiro, eu só conseguia pensar em como seria aquela noite.

Rio de Janeiro à noite

Assim que botei meus pés no Rio, eu fui pra casa tomar um banho e me arrumar, e morrendo de nervosismo eu fui me encontrar com ela. Na ida para o lugar, toda a minha insegurança veio à tona, ficava verificando se meu cabelo estava bom, se a minha roupa estava suja em algum lugar que eu não tinha visto ou se eu estava com mal hálito.

Tudo se foi, no momento em que eu abri a porta do carro, e vi ela na frente do prédio, me esperando. Eu não consegui me conter, gritei chamando ela pelo seu nome e um sorriso no meu rosto se abriu. Senti naquele momento, pela primeira vez, o abraço dela e a voz suave mas cheia de energia, seguramos as mãos e andamos sem rumo pelas ruas do Leblon.

Foi uma noite maravilhosa, não teria mudado nada. Ficou marcado em mim, cada momento dela, os bares que passamos, as conversas que tivemos e por ser carnaval, as fantasias engraçadas das pessoas. Depois de muito tempo conversando e andando, eu tive que deixar ela em casa, e foi nesse momento que eu tive a coragem de tentar beijá-la, lembro que eu tremia da cabeça aos pés com medo de ela não querer ou não gostar de mim tanto quanto eu gostava dela. Felizmente, tudo deu certo.

Semanas se passaram desde esta noite, e cada vez mais a gente se tornava mais próximo um do outro, até chegar no dia 10 de abril, quando eu decidi pedi-la em namoro. Foi causado por um acúmulo de emoção e de momentos que eu passava ao lado dela, seja juntos ou cada um em uma cidade.

De manhã, eu saí para comprar flores e para terminar de fazer o resto dos presentes que entregaria no momento, e por ser um dia tão especial, tudo era completamente diferente, o cantar dos pássaros, o modo como os atendentes de loja me tratavam, o cheiro e as cores das flores, tudo parecia mais vivo.

O buquê de flores que comprei para ela.

Até chegar na hora que eu ia pedir ela, pensava em tudo que passamos juntos, e diferente do dia que nos conhecemos, eu estava me sentindo confiante e otimista, achando que tudo daria certo e seria perfeito. Até ela chegar na minha casa, pensei em tudo para falar e contar pra ela, e quando ela chegou eu achei melhor esperar um pouco antes de falar tudo o que tinha na cabeça, mas naquele momento eu sabia que seria perfeito, então juntei tudo que tinha pensado em dar e falar pra ela, porém na hora eu não consegui abrir a boca para mais nada além de: Você quer namorar comigo?

Selfie do casal

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