a l o h a s p i r i t

Letícia Diaz
Iandé
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3 min readOct 18, 2017

Sempre fui daquelas que quer abraçar o mundo em uma caminhada rápida até a esquina, recentemente recebi o apelido de sete meses, um dos apelidos que faz mais jus a minha pessoa. Talvez seja porque realmente nasci de sete meses e estou sempre por aí, desapegada, mas nessa vida só se leva os bons momentos, então faço questão de aproveita-los ao máximo.

Amo descobrir lugares novos e viajar. Minha curiosidade e ansiedade faz com que me interesse por um pouco de tudo e passe horas planejando a próxima "trip" e agenda cultural. Mas em Junho de 2014 eu fui surpreendida. Uma viagem com passagem de ida marcada veio até mim, não precisei planejar e ao olhar o destino das passagens meu coração já apertou.

No dia 29 de Junho de 2014 eu embarquei sozinha para estudar inglês durante um mês na University of Hawaii — Manoa Campus em Oahu. Espirito livre que sou, fui feliz da vida, pronta para uma nova experiência mas assim que desembarquei no aeroporto de Oahu e vi aquela placa de boas vindas com um “ALOHA!” senti que não seria uma experiência qualquer.

Sou dependente da luz do Sol e completamente apaixonada pela qualidade de vida que a praia proporciona, por isso, nos trinta dias que passei em Oahu me interessava cada vez mais pelo estilo de vida da população havaiana. Eles são regidos pelo espirito do Aloha, que significa muito mais do que “alô” e “amor”. Seu significado maior é compartilhar com alegria a energia da vida no presente. Ao compartilhar esse energia, nos conectamos ao Poder Divino que os havaianos chamam de Mana. E se usarmos esse poder incrível com amor é o segredo para se obter saúde, prosperidade, felicidade e sucesso verdadeiro.

Ao entender a cultura do povo havaiano eu compreendi porque Elvis Presley, surfistas e tantos outros são apaixonados pelo Havaí. Não é só pelas praias paradisíacas e ondas perfeitas, mas também um povo que sabe como aproveitar a vida de forma pura.

No meio de tanta beleza natural e aprendizado estava eu, Letícia Diaz, uma jovem de 16 anos, aquela que sempre teve tanta pressa e queria abraçar o mundo em uma caminhada até a esquina, já não via mais a necessidade de viver por aí. Queria ficar ali pra sempre. Imersa em uma experiência estética marcante. Desacelerei, senti uma enorme bagagem cultural e emocional dentro de mim e que um dia retornaria para ficar, pois agora meu coração pertence à algum lugar.

Desde então se alguém perguntar por Letícia Diaz, estarei cantarolando “Por aí” de Luiz Melodia em alto e bom som, uma vez que a saudade do Havaí no meu peito me rói e estou por aí sempre pensando nele.

“…Se alguém perguntar por mim

Diz que fui por aí

Levando um violão debaixo do braço

Em qualquer esquina, eu paro

Em qualquer botequim, eu entro

E se houver motivo é mais um samba que eu faço

Se quiseres saber se eu volto diga que sim

Mas só depois que a saudade se afastar de mim

Mas só depois que a saudade se afastar de mim

Eu tenho um violão para me acompanhar

Tenho muitos amigos, eu sou popular

Eu tenho a madrugada como companheira

A saudade me dói no meu peito me rói

Eu estou na cidade eu estou na favela

Eu estou por aí sempre pensando nela…”

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Letícia Diaz
Iandé
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produtora, comunicadora, criativa e uma cabeça equilibrada em cima do corpo escutando o som das vitrolas