A Marcha da Vida

Daniella Khafif
Iandé
Published in
3 min readNov 8, 2019

Por Daniella Khafif

No ano de 2015, pude vivenciar uma das melhores experiências que já passei em toda a minha vida. Tive a oportunidade de ir para a Marcha Da Vida, uma viagem na qual nos lembramos dos horrores que aconteceram nos campos de concentração e de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial. O sentimento de chegar na cidade e pensar que meu povo estava aqui e de entrar num campo de concentração, sendo judia, é inexplicável.

Estrelas amarelas usadas pelos judeus durante a Guerra.

De todos que pude visitar, o mais marcante, foi Majdanek, um dos mais conhecidos, e que está extremamente intacto; era possível ver os arranhões das pessoas que passavam pelas câmaras de gás, o gás que foi usado e até uma cúpula gigantesca onde havia uma pilha de cinzas das pessoas que passaram e foram cremadas lá.

Cúpula das cinzas que simboliza uma "Kipá".

Já em Auschwitz, o choque foi outro: a transformação do campo de concentração em um museu, seja pelas vitrines que guardavam uma quantidade absurda de sapatos, cabelos, óculos das pessoas que eram levadas para lá, ou pelos alojamentos originais que os judeus dormiam durante a Guerra.

Cabelos que eram tirados dos judeus antes de entrarem nos campos.

A pior sensação que senti durante a visita aos campos, foi no momento que entramos em uma câmara de gás, e mesmo estando com a porta aberta e com o ar circulando, o sufoco era a única sensação eu sentia.

É triste e muito difícil imaginar a quantidade de pessoas que estavam vivendo uma vida normal, até que de repente, a vida nunca mais foi a mesma, devido a um político alemão com máximo e extremo poder que foi capaz de manipular inúmeras pessoas com seus ideais nazistas.

Crematórios originais em Auschiwitw-Birkenau.

Um dos meus maiores sonhos era fazer essa viagem e, mesmo tendo vivido tudo aquilo, ainda fico me perguntando e tentando entender o que motivava uma pessoa e seus seguidores, a odiar tanto judeus, quanto, outras raças que não fossem a raça "pura", a raça alemã.

A lição que eu levei dessa viagem foi que “o ódio não leva a lugar nenhum”, e que sempre precisamos agradecer, mesmo pelas menores coisas na nossa vida, e devemos aproveitar tudo o que temos pois não sabemos o que a vida nos trará daqui para frente.

https://www.youtube.com/watch?v=24HbCjydBhE

Daniella Khafif (@danikhafif18), 4o semestre de Publicidade e Propaganda, 3FPN20192

--

--