Caos / Work in Progress

Ambas as minhas experiências estéticas são quadros de minha autoria, cada um representa um momento diferente da minha vida.

Giu “Coração” Amorim
Iandé
2 min readApr 10, 2020

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O primeiro, remete à um momento de fragilidade emocional que eu passei em maio-julho de 2019. Em um momento difícil eu acabei me voltando para hábitos não saudáveis como mecanismos de defesa, os quais me fizeram perceber que eu não estava sendo a melhor pessoa que eu poderia ser. Geralmente reflito sobre meus problemas através de textos ou pinturas, nesse caso acabei me pendendo à tinta. Bom, o meu processo de criação para esse quadro foi a tentativa de um autorretrato, comecei com a ideia de querer me reinventar, no entanto, quanto mais eu pensava sobre o assunto, mais eu tive claridade sobre ele. Para mim, a vida é um processo contínuo de reinvenção, sempre tentar evoluir para o melhor resultado possível, não importa o quanto você trabalhe em si, sempre haverá algo novo que você pode aprender/aprimorar/viver. Com isso, chequei na conclusão que deu origem ao nome do meu quadro: todos somos feitos de um processo contínuo de mudança, todos somos um “Work in progress”.

O segundo, por outro lado, foi um quadro que fiz durante a quarentena. Meu processo criativo envolveu em expressar meus sentimentos em relação a vida em geral. Para mim essa obra abstrata que mostra o caos que é estar vivo, com momentos (cores) vividos mas também com alguns sombrios, além disso as pinceladas feitas de forma aleatória contribuem para a noção de que a vida é, acima de tudo, uma incerteza. Quis trabalhar com a pintura por ser um processo estético que estou familiarizada e acredito representar diversas sensações, possibilitar inúmeros sentidos e até texturas. O quadro em si teve inspiração em outros quadros abstratos, os quais, transmitiam uma certa claustrofobia. Essa obra chama “Caos”.

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