Através do frame

João Pedro Maio
Iandé
Published in
3 min readNov 25, 2019

Desde que me lembro gosto de tirar fotos, me encanta o ato de congelar um momento. Porém na maior parte da minha vida pratiquei a fotografia de forma bem amadora (ou seria “instintiva”?) até alguns anos atrás, quando comecei a pesquisar mais sobre o assunto e melhorar meu entendimento. Passei então a pensar mais sobre a cena enquadrada em meu visor de LCD (o método analógico até então permanecia apenas como remotas lembranças da infância).

Flor de Jasmim-Manga. Foto Tirada com uma Cano T5i emprestada.
Fórmula E gen 1 do Lucas di Grassi, da ABT Audi. Foto tirada no Salão do Automóvel de São Paulo 2018, com a mesma Canon T5i.

Ainda não superei alguns problemas do início, que em momentos de menor atenção voltam a me atormentar (como horizonte torto, erro de foco e enquadramento ruim), mas creio que obtive algum sucesso em aperfeiçoar meu olhar e reduzir tais falhas.

Passei então a praticar de forma mais apurada, com equipamento emprestado e posteriormente com meu próprio, tornando mais frequentes minhas experiências com a 8ª arte. (Vou deixar algumas fotos dessa época aqui)

Recentemente tive uma experiência com a fotográfia anaógica devido a uma matéria extra que resolvi fazer na faculdade. Assim, tive um primeiro contato real com esse método anterior aos sensores (digo “real” pois com certeza já tirei fotos caseira usando filme fotográfico quando criança, no entanto apenas como uma brincadeira).

Fotos tiradas nas ruas do Higienópolis, com uma Nikon FM-2 (analógica) e um filme Fujifilm 200.

Graças a essa oportunidade, pude expandir meus pensamentos e pontos de vista quanto à arte de registrar imagens entre outras coisas, como a ideia de que limitações podem ser úteis à criatividade e produtividade, partindo do fato de se ter um número limitado e aparentemente pequeno (mais tarde descobri que não era tão pequeno) de fotogramas disponíveis, que não podem ser conferidos imediatamente após o clique.

Foto tirada no interior da FAAP, com a Nikon FM-2 e o filme Fujifilm 200.

Entender que deveria confiar mais no fotômetro (ou na própria percepção), que deveria permanecer com o mesmo filme até o fim, que não preciso de tantas possibilidades de abertura de diafragma nem tempo de exposição e que o foco depende exclusivamente do meu olho foi libertador.

Fotos tiradas no interior da FAAP, com a Nikon FM-2 e o filme Fujifilm 200.

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