Vicente Xavier
Iandé
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2 min readOct 15, 2018

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Blonde

Na madrugada do dia 7 de julho de 2018, devido à ‘jet leg’ eu acordei às 2 da manhã. Eu acabara de voltar de Los Angeles, onde passei 13 dias com minha família e adquiri uma cópia do disco de vinil de Blonde, por Frank Ocean, e então, naquela madrugada eu acendi uma vela e ouvi o disco.

Tem algo quase mágico sobre ouvir um disco. A relação física com a música é muito diferente. Estamos todos tão acostumados com estar ouvindo música ou poluição sonora o tempo todo, que parar para ouvir música parece algo completamente diferente. E por vezes, é transcendental.

No primeiro semestre de 2018, passei por vários problemas pessoais, e um dos hábitos que mais me confortava, era tomar um banho ao som de Blonde e me acabar em lágrimas. A arte de Frank Ocean, um artista recluso mesmo em tempos de hiper-exposição, me ajudou a me sentir menos sozinho, e a dar conta do dia-a-dia.

Entretanto, depois desse momento, quase ritualístico, minha relação com essas músicas mudaram. Minha relação com tudo, praticamente, mudou. Mas foi a partir desse marco, que eu passei a ter força de vontade para realizar coisas. Como se essa experiência de ouvir o Blonde materializado, eu tivesse externado essa fase ruim, e à deixado ir. Um verdadeiro ponto de virada.

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