Chegada de Luigi,Piolho,Chaveiro…

Caio Biacca
Iandé
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3 min readApr 16, 2018

Por Caio Biacca

Em casa sempre fomos em quatro integrantes, meu pai, minha mãe, minha irmã e eu. Sempre buscávamos ter um cachorro em casa, mas por inúmeras vezes minha mãe acabava por resistir a ideia de termos qualquer bichinho de estimação.

Para suprir a ausência de um cachorro, ganhávamos (eu e minha irmã) peixinhos, chegaram a durar cerca de 5 anos, mas peixe não possui a mesma interação que um cachorro. Até que um belo dia cheguei com dois canarinhos um para mim e outro para minha irmã, haviam fugido de um viveiro e acabei resgatando e ficaram com a gente, se chamavam Pelé e Greguinha. A Greguinha de inicio pensávamos que fosse macho e descobrimos um belo dia um ovinho que ela estava chocando. Ai o único feminino de Greg era Greguinha ou Gregória. Alguns anos se passaram e a Greguinha veio a morrer, minha irmã ficou muito chateada e a partir daí a chance de termos um cachorrinho, passou a ser remota…mas passou a existir a partir desse instante.

Um pouco antes de minha irmã fazer os seus 15 anos, o pequeno Pelézinho estava a adoecer, por estar velhinho e então ela fez o pedido: “Mãe eu quero um cachorro”. A mesma discussão de sempre e a mesma irredutibilidade sobre o assunto, até que com muito custo conseguimos convencê-la de ir ver, apenas isso.

Fomos para região de Jundiaí aonde tem vários criadouros cogitamos muitas raças, mas minha mãe já havia cedido uma parte, que se fosse pegar um cachorro teria de ser pequeno e fêmea. O que excluía a possibilidade de termos o beagle, labrador, pit bull, golden e por ai vai, mas já estavamos felizes de conseguir essa brecha.

Vimos um yorkshire, bem pequenino mas não cativou, até como sabemos são eles que nos escolhem e não nós que os escolhemos. No mesmo local havia uma maltês, da dona do criadouro, super brincalhona. Minha mãe questionou sobre aquela cachorrinha, até que a dona do criadouro trouxe dois filhotes daquela cadelinha uma fêmea e um macho, que mais pareciam dois chaverinhos peludos. A fêmea ficou no chão, enquanto o macho nos escolheu. Veio até mim, que sempre gostei de cachorros grandes e pediu colo. Quando o peguei, ele se ajeitou e dormiu sobre meu colo. A partir daquele instante sabíamos que ele havia nos escolhido.

Ele teve que ficar por ser novinho e ter de manter o período de amamentação, mas já era nosso “irmãozinho”. O buscamos e tivemos de definir seu nome, passamos por muitos nomes inclusive por Piolho, devido ao seu “grande” tamanho. Até que vimos um comercial da loja Luigi Bertolli e gostamos da sonoridade, o que veio a ser o nome do figurinha de Luigi.

Minha mãe que era irredutivel hoje o chama até de “filho”, eu o chamo de irmão, branquelo, piolho. A minha irmã foi a que menos ele se apegou por ironia do destino, já que o presente era dela.

Ter um cachorro é uma alegria indescritivel, é a alegria que você tem após ter aquele dia cansativo, a companhia de uma amizade verdadeira, de um ser que nunca será capaz de te fazer nenhum tipo de mal e que estará disposto a te fazer se sentir a pessoa mais especial do mundo.

Luigi “rindo”

“Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um pedaço de madeira já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário? — Marley e Eu

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Iandé
Iandé

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Experiência Estética: A expressão de uma experiência vivida. Criações dos alunos da disciplina Estética ministrada pela professora Edilamar Galvão no 3o semestre dos cursos de Cinema, Cinema de Animação, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Rádio e TV e Relações Públicas da FAAP