Dark

Vinicius Siwi
Iandé
Published in
3 min readApr 30, 2020

A Netflix não para de crescer em território brasileiro e a cada dia apresenta para seus clientes novos conteúdos, desde series, documentários e filmes. Seguindo o sucesso que se deu em 2017 com La Casa de Papel, a Netflix tentou manter a empolgação em cima de series estrangeiras, assim ao final do mesmo ano, mais precisamente dia 1 de dezembro, foi lançado o seriado Dark, de origem alemã.

Ela se passa em 2019 em uma pequena cidade fictícia chamada Winden, a trama envolve um garoto chamado Jonas, o protagonista, ela engloba diversas teorias que foram realmente estudadas por cientistas sobre viagem no tempo, teorias que ao serem trazidas para a série conseguiram ser bem adaptadas pelos autores para parecerem reais mesmo se tratando de um assunto nunca comprovado e apontado como mentira, a série faz com que você acredite com o que está vendo.

É a partir da morte do pai de Jonas que a trama envolvendo os personagens e as viagens no tempo começam. Desde de o início, a série tentou através de paleta de cores, tonalidades do ambiente e saturação de cores, passar a situação de cada momento, percebemos que quando estão em 2019 esses três elementos são mais vibrantes e chamativos, já no passado apresenta esses elementos de forma mais rústicas, mais bege que o normal, e no futuro se apresentam mais cinza mostrando a melancolia do fim do mundo que a serie apresenta.

Como dito antes ela se passa em uma província alemã chamada Winden, que é marcada por possuir uma caverna pela qual se passa todo o drama da series, mas o que tem de tão especial essa caverna? Ela apresenta umas das teorias mais estudadas sobre viagem no tempo, se trata do Buraco de Minhoca, onde a entrada se da em uma certa data e a saída se dá em uma data a frente ou atrás da atual. Esse buraco apresenta-se num dos primeiros episódios quando Mikkel desaparece nele, iniciando uma história/cronologia em cima dele mais bizarra e incompreensível que já vi, partindo desse acontecimento os personagens começam a desenvolver suas próprias histórias e suas ações começam a ser mediadas em relação à viagem no tempo, pois dos que viajam para outras épocas, há de seguir regras, pois qualquer mudança de comportamento, ação, emoção ou sentimento pode fazer com que se altere o presente/futuro, nos mais drásticos casos a personagem pode deixar de existir. A cronologia se apresenta em um ciclo de 33 anos, entre três momentos, 1953, 1986 e 2019, e tendo seu fim com o apocalipse no dia 27 de junho de 2020, coincidência ao que estamos vivendo hoje com o Corona vírus.

Como dito brevemente no primeiro parágrafo, o que mais me chamou atenção na série, além do trabalho de arte em cima das cores entre tempos, foi a adaptação de estudos sobre viagem no tempo para a série, ela faz com que você não duvide sobre tal assunto, de tão natural apresentada para os espectadores. A forma abordada que fez toda a diferença, entre o inimaginável dos estudos e o imaginável dos estudos dentro da série. Obviamente não existe nenhuma comprovação então ainda estamos tratando com uma serie fictícia, mas em uma mente mais aberta pode vir a dúvida “é baseado em fatos reais?” de tão real que a serie torna esses assuntos.

Por mais confusa que seja às vezes, e que por mais que algumas vezes precisei anotar em um caderno os acontecimentos que a série trazia, ela me manteve engajado e por mais que sua complexidade seja exagerada não me fez uma vez sequer pensar em desistir de vê-la.

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