De Volta as Raízes
por Ana Carolina Oliveira de Souza
As vezes eu tento me lembrar de como começei a me interessar por animação. Um fato é que começei essa paixão assistindo a um dos gêneros de animação, o anime. Mas eu começei de algum lugar certo? Nessa pesquisa eu quero falar de como foi re ver um dos filmes de animação mais marcantes da minha infância, O Reino dos Gatos
A sinopse da história conta com uma menina chamada Haru, que tem sua rotina atrapalhada a partir do momento em que ela salva um gato e o mesmo agradeçe falando com a menina. Assustada a menina começa a ser perseguida por gatos e vai para em um mundo de gatos onde é obrigada a se casar com o príncipe do reino. O filme é do Studio Ghibli sobre a direção de Hiroyuki Morita.
Esse foi um dos filmes que resume minha vida. Ao reve-lo eu tive uma enorme quantidade de recordações. Pode se dizer que mesmo sem te-lo visto por muitos anos, nos primeiros minutos eu já lembrava de todas as cenas e falas, como se tivesse o filme pronto na minha cabeça. Lembrava da minha fascinação pelo filme e das incontáveis vezes em que ía a locadora com minha mãe e alugava esse filme, sem contar do episódio histórico em que aluguei o filme e fiquei com ele por uns 2 meses e paguei apenas 15 reais de multa. Com o passar do tempo em que passava o filme, eu ficava cada vez mais contente durante o mesmo, mesmo sabendo o que ia acontecer eu não deixava de me surpreender, o mais imprecionante era que aquilo me remediava a outras lembranças que não tinham nada a ver com o filme, mas era como uma chave que destrancava as demais lembranças
Não tinha como não me emocionar nesse filme, não necessáriamente pela história em si, mas pelas lembranças que ela desencadeava. Era triste e emocionante lembrar que eu já tinha crescido, um medo que eu sempre tive quando criança era crescer, então meio que vinha um incerteza e insegurança do que o futuro me reservava. O fato daquele filme me trazer tantas sensações diferentes, sendo elas positivas ou negativas, faziam eu ter uma história de sensações, fazia com que eu quisesse também despertar as mesmas nas pessoas, fazer as lembranças delas felizes, ligar um desenho, uma série ou até mesmo um filme, que tivesse uma relação profunda com uma lembrança que se fortalecesse a cada vez que você revesse, sentisse uma sensação diferente que fizesse com que aquilo nunca ficasse velho ou muito cansativo.