Diário de Viagem, Feriado de Páscoa
Andressa Harumy
Dia 18/04, quinta-feira
Terminamos de arrumar nossas malas às 11:30 da manhã, o planejado era ter saído uma hora mais cedo, mas acabamos demorando para acordar. Demos uma passada rápida no mercado para comprar o suficiente para o dia, enchemos o tanque do carro no posto mais próximo e partimos rumo a estrada.
Estimativa de chegada: 4 horas de viagem!
Ainda sim, estávamos empolgados! O dia estava perfeito; céu azul, estrada tranquila, playlist animada, e essa seria nossa primeira viagem sozinhos, desde o planejamento até a estadia no camping tendo que cuidar de tudo.
Passando pelo pedágio, erramos a entrada e fomos na área do pagamento automático. Tivemos que achar alguém para nos ajudar. Ficamos muito nervosos, mas depois rimos muito da situação, aparentemente muitas pessoas erravam naquele trecho da estrada também. Primeiro sufoco do dia superado com sucesso!
Atravessamos Caraguatatuba, é uma cidadezinha beira mar, bem praieira. Do carro já podíamos ver o mar, abaixamos todas as janelas para sentir a brisa que vinha do oceano. Foi apaixonante sentir o cheiro da água salgada de novo, já não aguentava mais de saudade de estar na praia!
Chegamos às 16:00 horas. Era a primeira vez que íamos acampar assim, direto na barraca e de frente pro mar. Montar as coisas foi empolgante, apesar de sermos meio inexperiente e bem atrapalhados com tudo. No fim, tudo ficou bem aconchegante, e muito melhor do que imaginávamos.
Dia 19/04, sexta-feira
Acordamos com o sol batendo na barraca, eram 6:00 da manhã. Acho que nunca na vida consegui acordar tão fácil assim e tão cedo. A visão da praia era estonteante, e não poderia ter jeito melhor pra acordar do que com o sol nascendo e o barulho das ondas.
Decidimos ir pra praia aproveitar o mar. Ficamos por lá até a hora do almoço, e então nosso amigos chegaram para acampar com a gente. Fomos no mercado comprar as coisas que ainda faltavam e voltamos para passar o resto do dia no mar.
Dia 20/04, sábado
Acordamos meio tarde, umas 9:00 da manhã. A maré estava baixa e decidimos ir até a ilha que tinha na frente da praia. Nadar até lá foi bem tranquilo, o mar quase não tinha ondas.
A areia da ilha era basicamente conchinhas levada pelo mar até ali, machucava um pouquinho para andar. Decidimos escalar as pedras que tinha na lateral da ilha, algumas eram bem ásperas e afiadas. Precisávamos nos equilibrar muito e quase que escalar as rochas maiores. A ilha não é ocupada, então boa parte dela é mata fechada. Encontramos algumas tartarugas entre as pedras, nas margens da ilha. Voltamos pra praia, pois a maré estava voltando a subir.
Almoçamos na praia, em um quiosque que tinha por lá. Acabamos ficado o dia todo na praia.
O sol estava bem forte, e o tempo estava bem quente. Já havia mais gente na praia e no camping, por conta do feriado.
A noite decidimos fazer carne na grelha. Acender o fogo foi realmente difícil, já que não tínhamos quase nenhum equipamento para ajudar. Mas no fim tudo deu certo, e conseguimos comer bem.
A noite decidimos ir pra praia, e presenciamos uma das paisagens mais fascinantes! A areia refletia o céu, e o mar quase não tinha ondas, então chão e céu se misturavam em uma coisa só, refletindo a lua mais brilhante que eu já vi e as milhares de estrela.
Mas por conta de nossa aventura noturna, ficamos trancados para fora do camping, então tivemos que ir até a rodovia a pé para tentar entrar pela entrada de carros. Conseguimos! Foi a melhor e mais divertida noite de todas!
Dia 21/04, domingo
Foi difícil acordar sabendo que teríamos que partir. A manhã estava linda como sempre, só nos deixando ainda mais tristes de ter que ir embora.
Tomamos café e começamos a preparar tudo para partir. Desmontar a barraca foi realmente um sufoco, nossa inexperiência nos tomou quase trinta minutos, e no fim tivemos que apelar ao santo youtube para nos ajudar a desmontá-la. Amontoamos o carro com nossas coisas, e partimos.
Não pegamos trânsito até certo ponto, tudo estava bem tranquilo, bem diferente do que imaginávamos de um domingo de páscoa. Paramos para comer em um restaurante de estrada; o melhor frango da vida!
Chegando na Dutra, fomos então recebidos pelo trânsito que esperávamos, e a viagem de 4 horas virou uma de quase 10 horas. Mas para compensar o engarrafamento massante recebemos um pôr do sol lindo, e muitos momentos para jogar conversa fora e curtir nossos amigos.
E enfim, chegávamos em casa, dando fim a umas das melhores viagens de minha vida, recheada de novas experiências e muitos momentos para levar na memória. Com certeza, novas aventuras como essa ainda virão!
(3AAN20191 — tag da turma)
