Miguel Mofarrej
Iandé
Published in
3 min readDec 7, 2019

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Experiência estética

PANTANAL 2019

Uma das mais belas experiências estéticas que já vivi foi ter estado no Pantanal este ano. Lá, tive contato com as maiores riquezas do planeta: água, céu, flora, fauna — tudo de melhor que o meio ambiente pode proporcionar. Além disso, tive contato com pessoas fantásticas, simples e cheias de sabedoria, dotadas de conhecimentos e generosidade inacreditáveis. Fora de lá, eu nunca poderia ter aprendido tanto em tão pouco tempo.
Além disso, a maior imersão na viagem foi gerada pela total ausência de contato com o mundo externo, afinal, essa região do Brasil é um dos poucos lugares turísticos onde não se tem sinal de TV ou internet nos dias de hoje. E como isso faz diferença! Liberta-nos totalmente do estresse e da necessidade de respostas rápidas a demandas muitas vezes desnecessárias. Foi uma experiência fantástica: ouvir o som do mundo real, ouvir histórias de gente de verdade e sentir texturas e cheiros nunca antes sentidos, pelo menos não com tanta intensidade, e num tempo longo, que parecia eterno.
Em 2015 eu havia estado numa viagem anterior ao Pantanal, mas numa época diferente do ano, época de cheia, na qual não se pode ver as pequenas praias que surgem ao longo dos rios, tampouco vê-se os animais, que se escondem, devido às chuvas. Desta vez, em 2019, a seca me proporcionou novas sensações; tudo era mais rico, mais colorido e muito mais interessante. Tantas espécies à mostra, tanta luz e tantas cores que a cada dia eu me surpreendia mais com a capacidade que a natureza tem de se reconstruir e se renovar.
Para deixar a viagem ainda mais inesquecível, consegui pescar um peixe de 22 quilos, um pintado lindo, que foi devolvido ao rio e continuou sua jornada, assim como eu, que deixei o Pantanal para trás, mas nunca mais vou me esquecer das histórias, cheiros, cores, sabores, texturas e sentimentos que lá experienciei.

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