Guerreirinho

Nalu Sousa
Iandé
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3 min readApr 16, 2018

Em julho do ano passado, minha mãe me falou sobre uma ex-colega de faculdade, que tinha adotado um gato, mas não ia poder manter. Uma semana depois, me chegam em casa com um gato grande, torto, magrelo, que me atacou duas vezes só na primeira noite.

Claramente o novo amor da minha vida.

Primeira semana em casa.

Dei pro gato o nome de Jaime, o melhor nome do mundo. Conforme se passaram as semanas, Jaime pulava o muro, brigava com os outros gatos de casa, roubava comida, e dormia em qualquer canto estranho onde ele conseguisse se entortar. Ele era uma obra de arte com vida própria.

A caminha do Jaime. Ele só deitava em uma.

Também com o tempo, deu pra perceber um pouco o porquê dele não se manter com nenhuma família — além de todo comportamento “anormal”. Jaime foi diagnosticado com uma doença autoimune e de tempos em tempos ele tem um surto diferente e precisa voltar ao veterinário.

Todo torto.

Essa semana, ele teve o pior deles e parou de pular o muro, mexer com os outros gatos ou roubar comida. Ele nem procurou um canto estranho pra dormir porque não conseguia se mover direito.

Jaime na última foto que eu tirei dele, na sexta-feira (13)

Jaime voltou a ser internado no sábado (14) e eu não sei mais quanto tempo ele vai ficar com a gente, mas eu sei que ele sabe o quanto eu sou grata pelo amor incondicional que ele conseguiu me proporcionar em só alguns meses.

Você é assim, é tudo pra mim
Você é meu guerreirinho…

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