Ignorei minhas câmeras

Uma experiência sobre momentos e câmeras

Renato Hojda
Iandé
2 min readApr 19, 2018

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Cada vez mais nossas experiências são marcadas pelo registro. Fotografamos tudo que vemos pela frente. Isso pode ser encarado de uma maneira saudosista, como se o fato de termos acesso a uma câmera a todo momento tornasse a foto menos relevante.

Preciso discordar.

Trabalho pessoal — Ilhas Phi Phi, 2017

A foto acima foi capturada usando meu celular, assim como outras 799 tiradas em 2017.

Meu ano foi especial e os maiores aliado das minhas memórias foram as câmeras. Elas foram tão eficientes pra cada momento que as necessitava, que pude ignorá-las, deixá-las de lado e me preocupar apenas com o que mais importava: contar uma história.

Trabalho pessoal — Orange County, 2017

Não me leve a mal, eu amo tecnologia. Piro quando compro uma lente ou troco de celular. Eu também amo fotografar e quero poder fazer isso a qualquer momento. Nunca ignoraria uma câmera — eu acho.

Quando estou na rua e vejo um momento incrível, o movimento já é até ensaiado. Tiro o celular do bolso, giro ele para cima já com o dedo no botão Home e rapidamente deslizo a tela para a esquerda . Pronto. Não pensei no processo, pensei no que quero fotografar e no momento que estou registrando. Ignorei a câmera.

Trabalho pessoal — Jerusalém, 2017

Lanço o desafio: ignore as câmeras.

Trabalho pessoal — Tenda de Beduínos, Yerucham, 2017
Trabalho pessoal — Jerusalém, 2017
Trabalho pessoal — Deserto do Neguev, 2017
Trabalho pessoal — facebook.com/renatoeomundo

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