Just Off The Grid

Em Setembro de 2017 eu tranquei o curso de Rádio e TV que cursava na faculdade Anhembi Morumbi para fazer um intercâmbio de 6 meses em Vancouver, no Canadá. A idéia era passar 6 meses viajando para expandir meus horizontes, abrir a mente e encontrar um ponto de vista e objetivos diferentes em minha vida.

Vista de cima da Grouse Mountain — ponto turístico de Vancouver

Porém, as coisas nunca saem exatamente como planejamos e 6 meses se tornaram 2 anos. O motivo? 3 coisas aconteceram:

1. Eu me apaixonei pelo país

2. Fui aprovado no curso de Documentário da Capilano University, faculdade localizada ao norte de Vancouver.

Gravação de documentário para um trabalho da faculdade

3. (E é aqui que a experiência estética se inicia) conheci e criei fortes laços de amizade com uma banda local chamada Just Off The Grid, chegando até a dividir uma casa com a banda.

Casa do vocalista da banda

Os primeiros 2 meses foram como qualquer outro intercâmbio universitário: Eu estava estudando inglês no Ilac (escola para estrangeiros) e morando na casa de uma família Polonesa. Em Fevereiro tudo mudou. Fui aprovado pala faculdade, saí da casa da família e passei a morar na casa de integrantes da banda, às vezes chegava até mesmo a dormir no próprio estúdio de ensaio da banda por falta de lugar para dormir.

Sofá muito usado durante este período meio “nômade”

Comecei a trabalhar em construção para levantar uma grana e comprei meu primeiro Baixo. Após comprar o instrumento, fiz um ensaio com a banda e fui aceito!!

Celebração da minha entrada na banda

Entrei para a banda como baixista, instrumento que jamais tinha tocado (sou baterista e guitarrista) e aprendi exclusivamente para tocar para eles. Se iniciava a minha jornada como músico nas Terras Nevadas do Norte.

Eu sou o segundo da esquerda para a direita

A partir daí passei a tocar em shows com eles

Show ao vivo

Participei da gravação do CD original deles, aparecendo até na capa

Capa traseira do CD “Dirty Little Ditties” de Just Off the Grid

Participei de entrevistas em rádios locais, assinei autógrafos, aproveitei meu curso na Capilano para gravar um documentário sobre a banda, enfim. A vida foi uma loucura durante esses 2 anos de aventuras e experiências. Fui acampar, participei de eventos de música, conheci muitos músicos e artistas canadenses e participei de gravações em estúdio, shows ao ar livre, eventos gratuitos, etc.

A experiência estética que pretendo relatar aqui é como a música une as pessoas independente da etnia, lingua falada, cultura, religião, independente de qualquer coisa. Foram 2 anos que me mudaram para sempre. Todas essas experiências com músicos estrangeiros mudaram a própria matriz do meu ser, da minha personalidade e meu jeito de experienciar a vida e o mundo ao meu redor.

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