Lollapalloza 2018

Yago Lopes
Iandé
Published in
4 min readApr 16, 2018

Ao pensar em uma experiência estética marcante ou relavante para descrever e exaltar em meu post, nada me vem a cabeça se não o festival Lollapalloza que ocorreu este ano. Eu nunca havia ido em nenhum show grande, apenas apresentações de pequenas bandas de conhecidos e em eventos distintos. Maior e melhor que nos anos anteriores, foram 3 dias de shows com diversas bandas e artistas distribuídos em 4 palcos diferentes.

Palco Onix

O evento ocorre no Brasil desde 2012, cuja duração era de 2 dias, com excessão do último ano, que foram 3. Conhecido por shows de bandas de rock alternativo, heavy metal, punk rock, grunge e no penúltimo ano, com um palco dedicado à música eletrônica, onde rappers também se apresentam.

Palco Perry's By Doritos, onde ocorrem os show de música eletrônica.

No primeiro dia, tive a oportunidade de assistir ao vivo bandas que escuto desde meus 12 anos, como:

Volbeat
Spoon
Red Hot Chili Peppers

Ressaltando que é a primeira vez que o Volbeat vem ao Brasil, sendo uma banda dinamarquesa de Heavy Metal não muito conhecida. Foi expetacular em todos os sentidos da palavra, é uma sensação indescritível, a euforia e o calor intenso que emanavam do espírito rockeiro do garoto de 12 anos dentro de mim. Além de tocarem sucessos conhecidos, arrasaram com músicas que eu desconhecia e fico muito feliz por isso, afinal, agora tenho novas músicas incríveis que posso ouvir todos os dias.

Volbeat no palco Onix
Eu no show do Mac Demarco no palco Axe

Além deles, tive o prazer de assistir ao show do Royal Blood, um duo de heavy metal que conheci recentemente mas destroem no palco, com seu estilo descontraído e pesado. O melhor deste dia, sem dúvida, foi o show do Mac Demarco e sua banda, que iniciaram simultaneamente com o show do Red Hot Chili Peppers. O estilo blue wave característico de Demarco é mágico e permite que a mente vá longe e reflita sobre os mais profundos assuntos como amor, vida, velhice…

Sabendo que o show do Red Hot estava muito mais lotado que o dele, Mac começou a brincar, tocando o início de Can't Stop (música do Red Hot). Começou como uma brincadeira mas no final do show, ele foi para a bateria e o baterista assumiu o vocal. Surpreendendo a todos, inclusive a mim, eles tocaram Under The Bridge (outra música do Red Hot) inteira, com o vocalista (na realidade o baterista) se jogando nos fãs e enrolando-se na bandeira do Brasil.

No segundo dia, comecei assistindo ao show de Liniker e os Caramelows, banda nacional de som indescritível, totalmente experimental e de outro planeta. Logo em seguida, fui ao show do Kaleo que não deixou nada a desejar. Acabei conhecendo e curtindo o show do rapper Mac Miller que tocou Watching Movies que possui uma das batidas e sons mais estranhos que eu já ouvi, porém, muito interessante.

O destaque do dia foram os shows do Imagine Dragons e Pearl Jam. O primeiro deixou muito a desejar pois o palco Onix estava COMPLETAMENTE lotado, e o som não se propagava bem, fazendo diversas pessoas começarem a gritar "aumenta, aumenta…" e depois vaiarem o show, algo lamentável. Por fim, o show do Pearl Jam…

Quando pensei sobre como descrever esse show, fiquei em dúvida se não faria este post apenas em cima dele, pois, sem a menor sombra de dúvida, foi a melhor experiência que já tive em minha vida. Estar diante de um ícone tão importante, não só pra mim, como pra todos os amantes de Rock do mundo inteiro foi transcendental. Um sentimento nostálgico misturado com felicidade pura e densa, concentrada à 500%, se não mais. Em certos momentos cheguei a me emocionar com as músicas, principalmente Black, que já apertou o coração de muitas pessoas.

Frente do palco Budweiser

No fim do show, decidi ir ao palco de eletrônica para assistir ao DJ Snake mas começaram a tocar Comfortably Numb do Pink Floyd e eu simplesmente fiquei hipnotizado, petrificado no lugar, simplesmente admirando a beleza e perfeição do som. Após o encerramento, fui pra casa e até hoje estou terminando de processar essa experiência.

Graças ao impacto do segundo dia, eu decidi não ir ao terceiro, aliado também ao fato das principais bandas que me motivaram a ir, já terem se apresentado. Sinto um pouco de arrependimento por ter perdido os show do último dia, mas não é algo que me faça falta. Meu coração e mente estão mais do que cheios de memórias e sentimentos que durarão para minha vida inteira e com certeza, valeu muito a pena, não poderia ter imaginado um evento melhor.

--

--