Música para meus ouvidos

Ana Stella Leão Pariz
Iandé
Published in
2 min readDec 2, 2019

A música nos permite viajar para outras dimensões, não importa qual estilo ou artista você ouça; eu não tenho muita restrição quanto ao estilo, mas se tornou obrigatório para mim ouvir um álbum inteiro de uma vez para conhecê-lo. Esse costume começou quando um então futuro colega de sala me recomendou IGOR, do Tyler, the Creator; nunca fui muito fã de rap, mas a excitação com que ele falava das músicas me fez chegar em casa e ouvi-lo por completo em uma tacada, e ainda bem que eu fiz isso. A estrutura na qual o álbum é composto é fundamental para o sentimentos que as músicas e o disco pretendem passar, e isso não se restringe apenas a IGOR, mas todos os CDs possuem essa mesma lógica.

Desde esse acontecimento, eu escolho um disco de uma banda- normalmente recomendada pelos meus amigos- e ouço de cabo a rabo; a conexão que eu sinto com as músicas cresce ao longo do álbum, assim como a emoção e o significado das músicas para o artista- e ao final da experiência o artista se mostra aberto diante dos meus olhos, mesmo que a nossa conexão tenha se estabelecido de forma auditiva. Desse modo, cada disco se torna uma avalanche de sentimentos (passados pelo artista) e uma experiência singular, sem se tornar repetitiva em nenhum momento; acho que grande parte desse efeito se dá pelo fato de que é o normal de acontecer quando escutamos música, porém estamos sempre fazendo outras coisas com músicas apenas de fundo e, assim, a experiência não se realiza da forma que era para ter sido- com total atenção voltada para a canção.

Tyler, the Creator para IGOR

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