Megara

Carolina Senatore
Iandé
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2 min readNov 4, 2019

Carolina Schoenmaker Senatore

No final de 2017 eu decidi largar o curso de arquitetura que eu fazia na FAAP, pois não conseguia me ver trabalhando com aquilo, assistia às aulas sem interesse e não tinha motivação para continuar e isso pesava muito pra mim. Mas quando tomei essa decisão percebi que eu já não tinha a menor ideia do que eu queria fazer dali pra frente e entrei em um momento de crise. Acabei entrando em depressão e tendo várias crises de ansiedade e não tinha ânimo para quase nada, ficava em casa sozinha sem falar com ninguém e sem sair para quase nada.

Ao me verem mal, meus pais decidiram me dar um cachorrinho para me fazer companhia. Eu fiquei super feliz com a ideia, pois qualquer coisa para me fazer sentir melhor seria de grande ajuda e realmente, mesmo antes de pegá-lo eu já estava um pouco mais animada por ter planos e por ter algo para fazer.

Megara com 3 meses de idade.

O dia em que fui buscá-la no canil foi um dia muito especial pra mim, nem a conhecia e já filhotinha já tinha até nome, Megara. Eu me senti muito bem, como se com ela, eu estivesse ganhando uma nova chance, como se pelos próximos tempos eu tivesse uma missão.

Ela realmente me ajudou muito, se antes eu não queria sair da cama, agora eu tinha quem viesse me acordar feliz todas as manhãs. Agora eu tinha a obrigação de levar a Meg para passear todos os dias e isso me obrigou a sair de casa também e ao fazer isso encontrava pessoas, conversava com donos de outros cachorros e com crianças animadas que queriam vê-la mais de perto e isso tudo me fez muito bem.

Ter essa companhia ao meu lado me ajuda muito até hoje, morando sozinha e longe dos pais é fácil se sentir sozinha, mas ela está sempre aqui comigo e parece saber se estou bem ou mal.

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