Por Joana Tereza Espírito Santo
Mãe! — É avó Jojo! Avó!
Decidi falar sobre minha melhor amiga, Marlene de Azevedo Espírito Santo, uma senhora nascida no Rio de Janeiro, que com 22 anos veio para São Paulo começar uma nova experiência ao lado do marido que então foi transferido do emprego. Tiveram 6 filhos, Barbara, Odete Maria, Eulália Thereza, João, Humberto e Orlando. João, o primogênito dos homens, é o meu pai. Quando eu nasci, me tornei neta e filha de minha avó. Ela que me dava banho, fazia comida, embalava meu berço e colocava musica new wave ou clássica para eu dormir. Fazia tudo que uma criança exige e um pouco mais. Vovó Marlene , assim chamada por todos os netos, ou Madre Tereza ( por mim ), sempre está aqui para ajudar qualquer um, as vezes até se esquece dela mesma para auxiliar qualquer pessoa a enfrentar algum problema, já disse a ela que a missão dela no mundo foi e é grande, e como eu a admiro.
Vovó faz os doces mais deliciosos de se comer , dá o colo que todos um dia precisam, e ensina lições que ninguém no mundo sabe ensinar. Ela me mostra todos os dias que idade é só um número e que nunca é tarde demais para fazer o que realmente gosta. Com ela aprendi a dar valor ao tempo, enquanto é tempo, e as pessoas. Eu amo quando chego em casa, a abraço forte e ela me dá um sorriso porque sabe que está tudo bem, aprendi também a ver beleza nos mais singelos momentos. Ela fica brava comigo quando a filmo ou brinco de tirar foto com filtro de “bichinho”, mas no fundo ela se diverte. Somos cúmplices, mesmo com todas as nossas diferenças, nos entendemos e nos completamos. Sempre levantamos uma a outra, e não há gratidão maior do que tê-la em minha vida. A pessoa do riso mais fácil, conselheira e melhor amiga. A mais incrível e sábia que eu conheço. Vovó Marlene.
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