Minha viagem a Osaka
Natália Santos de Oliveira
Em julho de 2018, eu fiz a minha primeira viagem ao Japão, e posso dizer que é um país que me encantou muito e que até hoje sinto muita vontade de voltar.
Na minha ida, visitei a cidade de Osaka, não é uma cidade muito grande, em dois dias você já consegue fazer basicamente tudo o que tem lá, porém, isso não a faz uma cidade menos interessante.
A área de Dotonbori em Osaka é muito viva e colorida, com os seus cartazes chamativos espalhados por todos lados, sendo um deles o mais chamativo o cartaz do corredor da Glico , considerado a alma de Dotonbori. A cada esquina sempre aparecia algo diferente para fazer indo de restaurantes de takoyakis, karaokes e até passeio de barco, não tinha como ficar entediado nesse lugar. Acreditei que não tinha como aquele lugar ser mais bonito, estava enganada, pois com a ida do sol, Dotonbori dá as boas vindas a vida noturna de Osaka com suas luzes neon que dão mais vivacidade e brilho a toda aquela paisagem que parecia uma mistura de centro de cidade grande com uma mistura de interior.
Uma das coisas que me intrigava na vida noturna dessa cidade é que perto do meu hotel, existiam várias “lojas” que sempre tinham uma fila grande de meninas e homens muito bem arrumados e bonitos recebendo as meninas para dentro do local, eu ficava olhando por um bom tempo esses lugares e sentia que a cada dia a minha dúvida do que era aquele local estava subindo cada vez mais, então, fui pesquisar e descobri que eram host clubs, que são bares onde hosts vão de mesa em mesa agradar os clientes tendo até uma lista de quais são os hosts mais populares. Fiquei com muita vontade de entrar dentro do local para saber como era do lado dentro, pois na internet quase não tinha nenhuma foto por causa da proibição de tirar foto do que acontece lá dentro , infelizmente por ser menor de idade não consegui entrar no local e tive que deixar minhas curiosidades para a minha imaginação responder.
No meu segundo dia, decidimos enfrentar o calor de julho e ir atrás do famoso castelo de Osaka. O parque que rodeia a atração principal é belíssimo e oferece, com suas belezas naturais, um prazeroso sentimento de calma e paz, não possível de se ter na nossa rotina corrida do dia a dia na cidade grande. Quando o castelo entrou no meu campo de visão, a única coisa que pensei foi que precisava marcar na minha memória cada detalhe daquela arquitetura tão fascinante que se encontrava a minha frente. Dentro do castelo encontramos um museu com diferentes exposições, cada uma contando um pouco sobre a história do Japão, era uma mais interessante do que a outra , porém a minha parte favorita foi ir até o último andar e através de um estereoscópio observar como era a paisagem antiga de Osaka.
Uma coisa interessante é que em frente ao castelo de Osaka existe uma cápsula do tempo que foi colocada em 1970, dentro da cápsula existem objetos de uso comum, que são preenchidos com gás argônico e são selados e enterrados, e assim não sofrem degradação, essa cápsula só poderá ser aberta depois do ano 6000.
Além de facilitar a locomoção pelos lugares e conseguir nos fazer fugir do calor, eu usava o metro como local de observação da vida cotidiana japonesa, via homens indo para o trabalho, meninas com seus uniformes bonitos indo para a escola e pessoas no celular provavelmente se sentindo entediadas porque aquilo já é rotina, parece algo chato de se fazer, porém acredito eu que serve como uma forma de aprendizado, pois estamos vivenciando de perto e por um curto período de tempo, uma cultura diferente da nossa e que até nas coisas mais simples do dia a dia, consegue nos passar informações novas sobre como funciona o estilo de vida daquela população.
Para finalizar a minha estadia em Osaka, uma loja de cd’s chamada Tower Records que dentro dela possui um café que muda a sua temática todo ano para um anime que está fazendo sucesso no momento ou que acabou de ser lançado.
Minha alegria foi muito grande de que quando eu fui para lá o café estava tematizado de Boku no Hero Academia.
E por ser tematizado as comidas e as bebidas também eram, e não tinha como deixar de experimentar algumas coisas, como a bebida do Todoroki , que era uma bebida quente e fria, e as panquecas do Denki.
E depois de fechar a conta acabei ganhando pôsteres dos personagens que eram relacionados com o meu pedido, e para finalizar na Tower Records acabei fazendo compras de alguns álbuns de Kpop ,que aqui no Brasil costumam ter um preço muito caro, e quando eu fui no caixa pagar pelos álbuns que eu tinha pego, a vendedora disse que um dos álbuns que eu estava comprando tinha como brinde um pôster e perguntou se eu queria, falei sim na hora, contudo o pôster era bem maior do que eu imaginei, tão grande que nem cabia na minha mochila, posso dizer ao menos que foi uma experiência interessante ter que levar esse pôster gigante no avião e ainda por cima, entre as minhas pernas e tendo o mínimo cuidado para ele não rasgar
E como finalização sobre a minha história em Osaka, não posso deixar de falar o quanto me encantou a gentileza dos Japoneses. Mesmo com a dificuldade de comunicação, pelo fato de que os japoneses não conseguem pronunciar o inglês muito bem, eles não desistiam de tentar nos ajudar e uma situação que me marcou muito foi quando andamos de trem-bala porém deu problema no bilhete único e não estávamos conseguindo passar para o outro lado da estação, um japonês viu que estávamos com problemas e decidiu tentar nos ajudar, mesmo tendo grande problemas de comunicação , ele conseguiu entender o que estava acontecendo e nos ajudou em todos os processos necessários e só foi embora quando teve certeza que o problema tinha sido resolvido por completo. É um ato muito simples de gentileza porém muito belo e que me tocou de uma forma muito grande, pois, não é em qualquer lugar que se encontra pessoas desse jeito, principalmente no Brasil.
Amei cada segundo dessa viagem, o Japão é um país com uma cultura muito diferente da nossa, e que faz com que a viagem seja mais empolgante a cada momento, porque tem muita coisa para explorar.