O mundo e Eu.
Viajar virou um sonho que nunca acaba. O desejo de conhecer cada vez mais o mundo; novos lugares, novas pessoas, novas paisagens, novos idiomas, novas comidas e bebidas, novas culturas... E mesmo que acabe viajando mais de uma vez para o mesmo lugar, sei que em cada uma delas terei uma experiência diferente das anteriores.
No final de 2017, viajei para Alemanha, com minha mãe e seu namorado.
Minha expectativa nesta viagem era muito alta, considerando que eu veria neve pela primeira vez (um sonho), comeria inúmeras comidas típicas e poderia tomar cerveja alemã na Alemanha (que sempre me pareceu uma ideia incrível).
O cronograma da viagem era:
- 23 de Dezembro: Eu e minha mãe embarcamos rumo à Alemanha;
- 24 de Dezembro: Escala em Frankfurt; E chegada em Berlim;
- 25 de Dezembro: O namorado da minha mãe chega em Berlim para nos encontrar;
- 26 de Dezembro: Pegar um carro e ir pra Munique;
- 30 de Dezembro: Volta para Berlim;
- 4 de Janeiro: Retorno ao Brasil;
A experiência vivenciada durante a viagem foi espetacular. É difícil encontrar palavras que descrevam como me senti, e que descrevam cada momento e paisagem linda que pude admirar. Desde o momento em que entrei no avião com a minha mãe saindo do Brasil, até o momento em que desci do avião ao voltar para o Brasil.
Escolhi esta viagem para falar desta paixão que tenho pelo mundo, por ser a mais recente. Não conheço ainda muitos lugares. Mas todos que conheço me marcaram muito. A Alemanha principalmente.
No primeiro dia, fiquei admirando a estrutura da cidade, as pessoas, o frio… Como lá, as 16 horas já estava ficando escuro, e como minha mãe não aguentava andar muito (por causa de suas dificuldades), eu pegava meu celular, meu caderninho e meu cigarro, e saia para dar uma volta pelos arredores do hotel. No primeiro hotel, o quarto tinha janelas grandes e uma parte de mármore, onde me sentava muito para olhar a cidade durante a estadia.
No dia de pegar o carro para ir até Munique, estava muito ansiosa, pois era lá que veria neve (provavelmente). Admirei a paisagem, os carros… Era como ser uma criança, ter uma sensação de mundo novo, diferente…
Ao chegar em Munique, vi neve pela primeira vez:
Na madrugada do dia 26, logo após de chegar no segundo hotel (desta vez em Munique), olhei pela janela inúmeras vezes ao voltar do jantar. Desci correndo e sai do hotel para apreciar um momento mágico na minha vida.
A neve, úmida e fria, que não tem nada do que os filmes e desenhos retratam, era exatamente essa perfeita decepção fria e molhada que me deparei pela primeira vez. Sua beleza me cativou cada vez mais.
Sua beleza foi algo mágico para mim. E a sensação de estar em um filme desde o início da viagem me acompanhava.
Viver o momento por mais simples e banal que possa ser.
Eu fui uma daquelas pessoas loucas que sai no frio só pra ficar vivenciando aquilo. Só pra olhar e apreciar o momento.
A beleza do mundo se tornava cada vez maior ao meu ver, e crescia em mim uma sensação de “ainda tem muito para ser vivido”. Esse sentimento me dava paz, felicidade…
Entrei em museus, visitei pontos históricos… Mas percebi que a arte e a beleza não se limitam em museus, praças… A beleza, a arte, o sentimento (etc..) que vivenciei foi maior. Andar na rua era uma experiencia nova, conversar com pessoas, comprar algo, apenas olhar a janela, sair do hotel…
Voltando à Berlim, cheguei ao ultimo hotel da viagem. Um hotel incrível. Todos os dias ao acordar, eu andava até um dos vários cafés perto do hotel, pedia um café ou um chocolate quente e algo para comer. Nos dias em que não chovia, tomava meu café da manha, do lado de fora do Café, fumando um cigarro e apreciando o local.
Como disse antes, é difícil falar como me senti. Em resumo posso dizer que foi como um filme muito real e perfeitamente imperfeito. Para me expressar melhor deixarei que alguns arquivos da viagem transmitam o que vivenciei.
