Palmeiras minha vida é você
Oh saudadesss! Para torcedores fanáticos, como eu, não poder ir aos jogos de meu time, Palmeiras, é uma das minhas maiores tristezas decorrentes da quarentena. Há muitas críticas sobre o futebol, chamam de esporte midiático, reclamam dos altos salários dos jogadores, rotulam de “esporte machista”, mas assistir um jogo de futebol no estádio, é muito mais complexo, é uma experiência única, impossível de sentir pela televisão. O Brasil, rotulado de país do futebol, transmite para sua população esse rótulo, na minha família, essa paixão pelo futebol é muito enraizada, sendo meu bisavô Antonio Gallucci um dos 46 fundadores do clube Palmeiras, na época Palestra Itália.
Esse sou eu aos 2 anos, já vestindo o manto sagrado, desde muito pequeno vou a jogos no estádio com meu pai e irmão, agora mais velho, vou com meus amigos, cada jogo uma nova experiência e expectativa, seja um jogo pela Libertadores ou Paulista, sempre há emoção. Além de futebol, o Brasil possui o samba como uma das marcas de sua cultura, ambos muito aderidos pelas massas populares das periferias. O samba adentrou ao futebol pela criação dos hinos dos clubes, mais futuramente, o samba adentra os estádios no formato das torcidas organizadas de cada clube, que cantam músicas relacionadas a história de seu clube, buscam incentivar seus jogadores e amedrontar os visitantes.
Algo inexplicável, como cinquenta mil pessoas de diversos lugares diferentes, que antes do jogo praticam suas atividades, como trabalho e estudo, na hora do jogo, formam um coro digno de uma orquestra, o maestro a torcida organizada, guiando os outros torcedores como músicos.
Na faculdade, muitos colegas, nunca haviam ido a um estádio assistir um jogo de futebol, como torcedor cativo e sócio do clube, sempre tenho alguns ingressos a cada jogo, convidei meu amigo, Guilherme Castro, também de cinema, que é do Piauí, para um jogo, infelizmente, não foi no estádio do Palmeiras e sim no Pacaembu, mas a alegria é sempre a mesma, resultado do jogo: Palmeiras 4 x 0 Oeste, aja alegria.
Posso concluir que sou viciado nessa sensação de ir a um jogo de futebol, acordar de manhã pensando no jogo, me arrumar com roupas do Palmeiras, conversar com meu pai e amigos sobre, virou um ritual, muitas das pessoas ao meu redor não são ligadas ao futebol como eu, mas elas sabem, se eu estiver vestido de palmeiras, hoje haverá jogo. Além da experiencia durante a partida, temos as experiências pôs partida, se o time ganha uma grande partida, essa alegria é duradoura, dura muito além de somente a partida, se perder, a tristeza prevalece, a raiva, insatisfação, mas essas sensações acabam com o resultado do próximo jogo, essa é a real experiência, sentir dentro de você todo a emoção gerada em um jogo e como ela muda de um jogo para o outro, como dito pelo jornalista Larry King “Ainda não há nada na vida tão constante e ao mesmo tempo mutável como uma tarde no estádio.”
“Quando surge o alviverde imponente, no gramado em que a luta o aguarda, sabe bem o que vem pela frente, que a dureza do prélio não tarda, e o Palmeiras no ardor da partida, transformando a lealdade em padrão, sabe sempre levar de vencida, e mostrar que de fato é campeão, defesa que ninguém passa, linha atacante de raça, torcida que canta e vibra, por nosso alviverde inteiro, quem sabe ser brasileiro, ostentando a sua fibra, Palmeiras!”.