Pessoas intensas, uma autobiografia

O desabafo de uma pessoa intensa de amor, melancolia e dúvidas

Mariannaalvarez
Iandé
2 min readMay 16, 2022

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Somos intensos, profundos e complicados. Uma onda de energia rodopiando de canto em canto, descobrindo a vida e essa tal noção de viver.

Pensamos muito, falamos muito, sentimentos muito. Sonhamos. Sonhamos como crianças inocentes que ainda não conheceram os tiros do destino.

Somos baleados, inúmeras vezes. Paramos de sonhar.

Até que deixamos de sangrar e sonhamos novamente.

E amamos. Não esquecemos de amar. Amamos como se o universo inteiro dependesse desse sentimento.

Admito, somos bons em esconder. Somos bons em mentir que não conhecemos essa sensação. Mas sempre amamos, amamos desde que começou nosso existir.

E nos machucamos. E como nos machucamos… quando dói, dói. Dói como se todo seu sistema estivesse se estraçalhando e os pequenos pedaços se perdendo pelo caminho.

Se machucamos com a vida, com os sentimentos, pessoas e esperanças. Mas não esquecemos. Guardamos cada causa dessa dor dentro de uma caixinha.

É difícil seguir em frente, é difícil deixar para lá.

E aí, nos perdemos. Sentimos medo, enlouquecedor. Insegurança, consumidora. Ansiedade, enganadora.

Queremos fugir. Ou ficar, gritar, mudar… parar. Queremos respostas, sem realmente conseguir fazer as perguntas.

Tudo se torna incompreensível.

Porque somos intensos. Profundos. Complicados. Uma onda de energia que assusta alguns, encanta outros e nos consome. Somos uma confusão, como esses versos.

Altos e baixos. Calma e tormenta.

Queremos e não queremos. Sentimos até aquilo que não existe. Imaginamos e tornamos real.

E amamos, por mais assustador, amamos. Não esquecemos de amar. Tentamos bloquear e fugir, mas nossos sentimentos transbordam pelas grades que criamos.

Enganamos, mas, eu juro, tentamos ser seres humanos bons. Tentamos ser apenas versões melhores. Melhores que nosso DNA, melhores do já que fomos. Mas é difícil… às vezes é apenas difícil.

E aí…respiramos. Recomeçamos. Continuamos essa jornada de loucuras e sentimentos. Emoções, ideais, relações e revoltas. No final da estrada, somos apenas humanos, tentando sentir. Sentir e viver.

Eu sei, é uma confusão. É tudo confuso, como essa reflexão em versos. Mas é o que somos. Somos intensos. Profundos. Complicados.

Mas não mudaríamos por nada.

Marianna Alvarez (3GCE20221)

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São Paulo, 21 anos ♡ Formada em Letras e, atualmente, graduanda de Cinema