Quem eu realmente sou

Gabriele Narciso
Iandé
Published in
3 min readApr 29, 2019

Gabriele Narciso

Preguiça.

Por muitos anos da minha vida, venho lidando com problemas psicológicos que, infelizmente, afetam muito o meu dia a dia. Ansiedade e todos os seus sintomas, auto estima baixa, crises e mais crises pessoais… Todos esses problemas, sempre fizeram eu me sentir menor e pior do que todos ao meu redor, então o meu amor próprio era muito baixo, mesmo aparentando ser a pessoa mais feliz do mundo!

Não conseguir levantar a cabeça.

Desde o meu aniversário, em fevereiro, venho tentando e muito melhorar esses meus pontos negativos, para voltar a ser muito feliz como era antes disso tudo. Vi essa experiência que tinha que desenvolver, mais um motivo para me sentir mal comigo mesma, pensava coisas como “Não sou boa para isso”, “Não tenho nenhum talento artístico” e “Eu não vou conseguir”.

Dentre esses pensamentos, me veio um que me chamou atenção, o que dizia que eu poderia usar esse trabalho para me ajudar também, e foi ai que eu tive a ideia de fazer uma sessão de fotos, que mostrasse quem eu realmente sou e como eu me sinto: Sozinha e desanimada, mas sempre querendo passar a imagem que estou muito bem.

Não queria e não foi um ensaio normal, com poses sorrindo, felizes, mostrando o irreal. Eu queria mostrar, como já disse, quem eu sou, o que eu gosto e o que eu faço quando não estou bem e/ou quando não tenho obrigações. No sofá, na cama, comendo, lendo… Queria mostrar como eu me sinto, como, nesses momentos, eu gosto de ficar sozinha e não gosto de me expor, e mostro isso em muitas fotos em que não aparece meu rosto.

Não ter ânimo e não querer sair da cama.

Quando acabamos as fotos, e eu fui decidir quais iria levar e quais não iria, comecei com um pensamento negativo, achando que eu ia odiar todas, pelo simples fato de eu aparecer nelas, mas conforme eu fui olhando, eu fui amando, eu me sinto muito bem nessas fotos e fiquei muito feliz de sentir que elas passaram o que eu queria passar.

A vontade de “morar” no sofá.

Mesmo que, por exemplo, eu poste em alguma rede social, muitas pessoas não vão refletir no sentido da foto, vão achar que é só mais uma foto tirada, forçada, para ganhar curtida, como a maioria é, mas fico feliz, comigo mesma, pois eu sei o que isso tudo significa para mim.

Agora, mesmo não sendo uma mudança gigantesca, posso afirmar que essa sessão de fotos e, consequentemente, esse trabalho, me ajudaram a lidar com questões que estavam guardadas dentro de mim por muito tempo. Estou me sentindo mais bonita e mais viva, não só por fora, mas por dentro também.

Leitura para ocupar a mente.

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