Tromsø & Skibotn

Edgar Marques
Iandé
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4 min readApr 21, 2019

Uma vez me deparei na internet com uma frase que diz: “Marcar uma viagem é marcar a vida para sempre”. Para mim, nenhuma frase jamais fez tanto sentido, pois viagens sempre nos deixam memórias e experiências que levaremos para o resto de nossas vidas.

Em janeiro de 2017 eu tive a oportunidade de conhecer Tromsø, cidade no norte da Noruega, localizada a cerca de 1148km de Oslo, capital do país. Com aproximadamente 75 mil habitantes, Tromsø é a nona cidade mais populosa do país, e é a terceira maior cidade localizada dentro do Círculo Polar Ártico, perdendo apenas para as cidades de Murmansk e Norilsk, ambas na Rússia.

Localização de Tromsø.
Tromsø Domkirke (A Catedral de Tromsø).

A primeira experiencia estética que vivi lá foi a do frio. Se não me engano, a temperatura máxima lá nos dias em que fiquei foi de -2°C. Além do frio, lá nevava quase que constantemente, e as ruas estavam sempre cobertas por uma camada de gelo que dificultava a locomoção.

Durante o inverno, por se localizar muito ao norte, Tromsø recebe pouca luz do sol, e durante minha permanência lá não foi diferente. O sol nascia as 10h, e se punha por volta da 14h. Para nós brasileiros que estamos acostumados a ter luz do sol as 20h em algumas épocas do ano, não ter nenhuma luz natural a partir das 14h era extremamente estranho, chegava até a ser desconfortável. Eu por exemplo, sempre estava com a sensação de que já era tarde da noite, mas quando eu olhava o relógio via que ainda eram 18h.

Região central de Tromsø.

A experiência mais marcante da viagem com certeza foi ver a Aurora Boreal pessoalmente. Para isso, fizemos uma excursão com várias outras pessoas. Em um ônibus de turismo, a empresa da excursão nos levou para um lugar a cerca de 115km de Tromsø, próximo à vila de Skibotn. O motivo para termos de ir para longe da cidade é porque as luzes das ruas e dos edifícios acabam dificultando a visão da Aurora.

Trajeto de Tromsø a Skibotn.

Ao sairmos do ônibus, tivemos que descer uma trilha coberta de neve para chegar a uma pequena planície às margens do Fiorde de Lyngen. Fomos instruídos a desligar todas as lanternas e ficamos lá esperando, até que, não lembro quanto tempo depois, a Aurora se formou acima de nós.

Eu e minha família. Foto tirada pelo guia da excursão.

Não existem palavras que possam descrever com exatidão a beleza da Aurora Boreal. O mais próximo que posso chegar é descrever a Aurora como magnifica, mesmo assim não expresso nem um terço da beleza daquele fenômeno. É algo magico, é espetacular, é de certa forma uma obra prima da natureza.

Ao escrever sobre essa viagem até me emociono. Sinto saudades de tudo, do frio, da falta de sol, da Aurora, até do medo constante de escorregar no gelo e cair de cara no chão. Foi uma viagem maravilhosa, que me trás muitas recordações. É uma viagem que recomendo muito fazer, que, apesar de cara, é uma verdadeira experiencia a ser vivida.

Edgar Marques Morilla, autor dessa experiência estética.

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Iandé
Iandé

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Experiência Estética: A expressão de uma experiência vivida. Criações dos alunos da disciplina Estética ministrada pela professora Edilamar Galvão no 3o semestre dos cursos de Cinema, Cinema de Animação, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Rádio e TV e Relações Públicas da FAAP

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