Um amor inexplicável

Amanda Lopes Vidal
Iandé
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4 min readApr 16, 2018

Pensei muito sobre qual seria a experiência estética mais marcante pra mim, então decidi finalmente falar sobre os meus irmãos.

No dia 17 de dezembro de 1999 eu nasci, meus pais sempre foram muito presentes em minha vida, podia contar com eles para tudo. Fui uma criança muito sensí­vel, extrovertida, delicada, tímida e muito ativa. Até que em 2007 sofri com a separação dos meus pais. Foi ai que a bolha que protegia tudo aquilo que me era rotineiro, acabara de estourar.

Alguns anos depois meu pai se casou novamente e em 2011, recebi a notí­cia de que iria ter uma irmã. Meus primeiros pensamentos foram ˝como será que é ter uma irmã? ˝, ˝Será que ela vai gostar de mim?˝ A partir disso eu não conseguia falar sobre outra coisa com meus amigos, professores, familiares, ter uma irmã pra mim seria uma experiência única.

Sempre fui muito amiga da minha madrasta, o que tornava nossa relação muito boa, então ela pediu a minha ajuda para escolher o nome da minha irmã, assim eu, ela e meu pai decidimos que seria Alice. Um nome que quando eu escuto hoje em dia me trás um conforto enorme coração.

Em 12 de abril de 2012, nasce a Alice.

Minha pentelinha. Meu grude. Minha mini eu. Meu porto seguro. Minha amiga. Minha companheira. Minha bailarina. Minha confidente. Minha IRMÃ.

A Alice sempre foi muito delicada, inteligente, e muito vaidosa. Sempre que me arrumo ela fica me olhando para fazer igual depois. Adora pintar as unhas e sempre que dá faz uns penteados no meu cabelo.

Após 3 anos recebo uma noticia mais que especial. Minha madrasta estava gravida de novo, mas dessa vez era de um menininho, que não seria só meu irmão, mas também meu afilhado. Foi ai que a emoção me tomou de vez.

Então, em 3 de junho de 2015 nasce do Eduardo, famoso Dudu.

Quando eu olhei para esse serzinho pela primeira senti a mesma coisa quando vi a Alice, um amor tão grande, que meus olhos se encheram de lágrimas.

O Dudu é um menininho muito bagunceiro, adora futebol e não te deixa descançar em nenhum momento. Quer sempre brincar, mas quando está bravo, ninguém segura. Ele contagia todo mundo com sua simpatia e esse sorrisão. Tenho orgulho de dizer que ele é meu IRMÃO.

Conforme eles foram crescendo eu aprendi muitas coisas. Aprendi que existe amor sincero, amor verdadeiro. Aprendi que ter irmãos é a melhor coisa do mundo e que não existe nada mais gostoso do que chegar na casa do seu pai e ver dois pentelinhos pulando, gritando meu nome e com um sorriso que contagia qualquer um. E que apesar da briguinhas eles são as melhores pessoas que apareceram na minha vida, sempre poderão contar comigo.

Conviver dia após dia com eles, é sem dúvida alguma a melhor experiência que eu tive, tenho e terei.

Alice e Dudu
Amanda Lopes Vidal, esudante de cinema e animação, 3 semestre, FAAP

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