Um jogo que marcou uma noite

Gabriel Maia Prospero
Iandé
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3 min readApr 23, 2019

Gabriel Maia Prospero

Foto antes do início do jogo

O ano é 2015. Um ano que muitos poderiam simplesmente considerar um ano não muito marcante, porém esse não é o meu caso. Um ano onde eu consegui ficar no máximo da emoção e felicidade, tudo que senti em um ano inteiro em uma unica noite.

Eu, até 2014, não era muito chegado a esportes e menos ainda para futebol, porém meu pai mudou minha opinião após me levar em algumas partidas e me mostrando o quão incrível esse esporte pode ser. Eu e ele fomos em diversos jogos do meu time do coração, o Palmeiras, que vinha de um período bem complicada (crise financeira e quase o rebaixamento para a segunda divisão nacional) conseguiu melhorar suas condições e virar um time que disputaria títulos de novo. Eu estava me reerguendo também, não financeiramente, mas emocinalmente pois 2014 não foi um ano onde eu estava muito próximo do meu pai e estava indo mal na escola, e em 2015 a relação com ele estava bem melhor e estava indo bem melhor na escola.

Naquele ano, eu e meu pai fomos em quase todos os jogos no Allianz Parque, pois estávamos ficando cada vez mais próximos e ir nos jogos estava ótimo (pois o Palmeiras vivia ganhando e adorávamos sair juntos), aí chegou a hora que toda nossa paixão veio a tona: a final da Copa do Brasil, onde na maioria dos jogos o Palmeiras não era favorito e ganhamos a maioria dos jogos na “raça” ou “sorte”.

A final era contra o Santos, um grande clássico do futebol nacional que fez um ano cheio de rivalidade, em principal a disputa entre Ricardo Oliveira (atacante do Santos) e Fernando Prass (goleiro do Palmeiras). O jogo na Vila Belmiro foi 1x0 para o Santos e fazia o Palmeiras precisar ganhar no mínimo. Logo na entrada do estádio já havia uma festa imensa, eu já vi que seria marcante, mais de 80 mil pessoas nos arredores antes do jogo.

Time reunido minutos antes de iniciar o jogo

Certo, partida prestes a iniciar, 39.660 pessoas de público, orações feitas, início do jogo! No meio do jogo gritei, xinguei, elogiei, senti um mix de emoções insano que não pensei que sentiria e menos ainda por um time de futebol.

Porém fui à loucura nos últimos momentos do jogo: na hora das penalidades máximas. O nervosismo tomava conta de mim e não podia me segurar mais. Quem fosse bater tinha que fazer e ponto. E fizemos e fomos campeões!

Não me esqueço de uma coisa, tinha um menino do meu lado que me abraçou quase todos os penaltis, chorando como quase todo o estadio e comemorando com todos lá presentes, todo mundo eufórico com o grito de “é campeão”. Se o time iria continuar ganhando títulos eu não sabia, mas, o Palmeiras ganhou mais que o título, ganhou a paixão de mais um torcedor que é o meu caso.

Foto minha e de meu pai na final

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