Uma emoção olímpica
É fascinante de se ver como o esporte pode transformar a realidade social de milhares de pessoas e unificar uma sociedade inteira, em meio de tantas diferenças. Ele já parou guerras e uniu inimigos. Ele nos emociona e domina. O esporte é solução. E desde pequena o esporte sempre esteve muito presente na minha vida, minha família e minha escola sempre me incentivaram a entrar nesse mundo. Comecei a nadar com 3 anos, depois migrei para a ginástica artística, passei pelo handebol e futebol, e logo após fui para o vôlei, o qual iniciei em 2009 e pratico até hoje.
Em agosto de 2016, eu tive a oportunidade de ir assistir pela primeira vez as Olimpíadas no Rio de Janeiro. A viagem se iniciou às 23:30 na rodoviária Tietê quando encontrei meus 4 amigos que iriam dividir essa experiência comigo. Chegamos na rodoviária do Rio de Janeiro eram 7:30, pegamos o metrô e fomos direto para Copacabana, e por lá ficamos, aproveitando tudo que se têm direito: a areia, o sol, os quiosques da orla, a visão para o Copacabana Palace, os turistas que ali estavam de passagem e até conseguimos sentir com nossos pés a água gelada e salgada do mar carioca.
De lá pegamos o metrô e fomos em direção a Cidade Olímpica localizada na Barra da Tijuca. Quando entramos lá, a primeira coisa que me veio à cabeça foi “o Rio de Janeiro está mais lindo do que de costume”. Passeamos pelas ruas daquela Vila sob um céu azul, vimos todas as arenas e os estádios por fora, a tocha Olímpica, a praça de alimentação e os telões onde passavam os jogos. Tudo estava maravilhoso.
Às 20h estava a caminho do meu primeiro jogo Olímpico. Enquanto subia as escadas da arena o amarelo, o laranja e o verde das arquibancadas iluminavam meus olhos e o friozinho na barriga só aumentava. Como compramos os ingressos de última hora, nossos grupo de 5 integrantes se dividiu e não conseguimos assistir o jogo todos juntos, e era uma partida de handebol masculino, Polônia contra Dinamarca.
Quando chegamos aos nossos assentos, eu e minha amiga vimos um grupo de dinamarqueses segurando várias bandeirinhas do seu país, e foi então que decidimos que iríamos torcer pela Dinamarca aquele dia. Fomos até eles e dissemos isso, todos abriram um sorriso no rosto e depois tiramos uma foto com eles.
Voltamos para os nossos lugares, porque o jogo ia começar. Assim que se iniciou a partida, não conseguimos ficar sentadas e logo nos levantamos. O jogo era muito dinâmico, a cada gol eram muitos gritos e a cada defesa vários outros. A Dinamarca começou perdendo, mas no segundo tempo, o jogo terminou empatado e então foi para a prorrogação. A semifinal estava muito acirrada, toda aquela euforia que estava dentro da quadra invadia meu coração e minhas mãos suavam frio. E felizmente, a Dinamarca venceu a Polônia pelo placar de 29 a 28.
Nos despedimos daqueles dinamarqueses e fomos embora. No trajeto do metrô até a rodoviária do RJ, fiquei pensando como foi incrível sentir todas as emoções e vibrações daquela arena e poder compartilhá-las com pessoas tão queridas para mim, e só imaginei o dia em que eu poderei ver meu país em quadra e torcer por ele. Embarcamos no ônibus e voltamos para São Paulo.