Será que o Sucesso deixa pistas?

Uma das questões que sempre me coloquei em relação ao sucesso foi se, de facto, deixava pistas.

É noção comum no mundo dos negócios que “não se deve inventar a roda”.

Mas será que essa máxima é também aplicada ao sucesso?

No nosso entender, não!

Achamos que a maioria das pessoas não entende porque é que muitos à sua volta têm sucesso e elas não.

Acreditamos que o sucesso deixa pistas, para quem as queira ver!

É possível aprender com as pessoas que têm sucesso à nossa volta.

No campo da Liderança, uma das nossas paixões é precisamente esta: a razão de algumas pessoas serem excecionais.

Muitas das pessoas que abordam este tema têm tendência a dizer que “é inato”.

Poderão existir algumas características que nascem com os líderes, mas a maioria é aprendida na dura realidade do dia a dia.

Ora, se foi aprendida por uns, poderá ser aprendida por todos.

Talvez não seja bem assim com o geral das pessoas, mas com uma grande maioria das pessoas com que trabalhamos esta é a realidade.

Este chamado “não inventar a roda” é, por vezes, também por nós apelidado de “Modelação de Estratégias”.
Quando bem utilizada, é das técnicas de aprendizagem mais eficazes que conhecemos.

E, como todas as técnicas que advogamos, é realmente muito simples.

Ora vamos ver…

Todos os seres humanos funcionam com base em estratégias de sucesso e estratégias de insucesso.

Cada vez que realizamos algo e funciona, o nosso cérebro reforça internamente esse sucesso e começa a criar um padrão de estratégia.

O que acontece em termos cerebrais (de um modo muito simplificado, é claro) é que, na primeira vez que realizamos algo, estabelecem-se determinadas ligações neuronais.

Na segunda vez que realizamos a mesma tarefa ou operação, essa ligação neuronal reforça-se.

Na terceira vez, volta a reforçar-se, e assim por diante.

Passadas, em média, 3 semanas ou 21 dias, o nosso cérebro, que é, de facto, uma máquina bastante inteligente, começa a pensar:

“Bem, se estás a fazer isto tantas vezes, então é melhor que isto seja feito de forma automática, sem que sequer tenhas de pensar nisso”.

Nesta situação, aquela ligação neuronal passa diretamente para a zona do hipotálamo e, a partir daí, não temos de pensar para fazer essa tarefa.

Pense nisto: quando conduz, pára para pensar no que está a fazer?

Claro que não, essa ação já está no domínio do automático.

Ora bem, mas o que é que isto tem a ver com aprendizagem?

O problema de aprendermos uma estratégia de alguém de sucesso prende-se, precisamente, com isto.

Muitas vezes essa pessoa já nem pensa quando faz.

Mas se o queremos modelar, como é que o podemos fazer?

Se não tivermos confiança para lhe perguntar, a única alternativa é estar com os olhos bem atentos e observar com atenção tudo o que faz e, acima de tudo, como o faz.

Se tivermos confiança para isso, podemos conversar com a pessoa e “esmiuçar” a forma de atuação.

Ajuda colocar várias questões, tais como:

  • Como é que, no seu entender, faz isso e resulta?
  • O que é que acha que funciona mais?
  • Em que circunstância é que funciona ou não funciona?
  • Como é que aborda esse problema?
  • Que recursos é que utiliza?
  • Das primeiras vezes que o fez, o que é que acha que fez a diferença?

Estas são apenas algumas das questões que podemos utilizar para nos colocarmos no bom caminho.

Depois, é ter coragem para sair da nossa zona de conforto e experimentar.

Algumas das vezes vamos conseguir, outras não.

Se conseguirmos, ficamos com mais uma ferramenta que nos vai ajudar a seguir em frente em direção ao sucesso, muito mais bem preparados.

Esta semana, pare um pouco para pensar: quem é que eu posso ter como modelo na minha área de atividade, que tenha sucesso?

Originally published at Ideias e Desafios.

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Jose Almeida
Jose Almeida

Written by Jose Almeida

Sales and Negotiation, Trainer, Coach and Speaker. Author of several sales articles and books. Made his career in sales and leadership in several companies.