Estivemos no Google I/O e contamos tudo o que rolou por lá!

Mariana González
idwall
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6 min readMay 21, 2019
Kazuo, Miguel, Gabriel e Victor estiveram no evento representando a idwall

Entre os dias 7 e 9 de maio de 2019, a cidade californiana de Mountain View foi palco de mais uma edição do Google I/O, evento em que a gigante da tecnologia anuncia novas funções e apps a serem lançados, especialmente para Android.

E, pela primeira vez, tivemos quatro idwallers nos representando nesse encontro que reúne desenvolvedores e profissionais de tecnologia do mundo todo! Gabriel Massote, nosso CTO, e Kazuo Teramoto e Miguel Pari Soto, do time de Research & Development, também foram acompanhados por Victor Vieira Paulino, desenvolvedor Android e integrante do GDG — ABC, grupo da região do Grande ABC ligado ao Google Developers Groups.

Não poderíamos ter adentrado o mundo do Google I/O em um ano mais propício, já que a edição de 2019 foi bastante focada em soluções de privacidade e de inclusão — assuntos recorrentes aqui na idwall. Continue a leitura para ficar por dentro dos pontos altos do evento, sobre as respostas encontradas pelo Google para seus problemas de privacidade, como tudo isso se relaciona à idwall e muito mais!

As comunidades de desenvolvedores do Google levaram pessoas do mundo todo para a Califórnia

O que vem por aí e a preocupação com privacidade e inclusão

Para os idwallers, algo que ficou bastante claro durante o Google I/O é que a idwall está bastante alinhada com as tendências e tecnologias apresentadas durante o evento. “Por causa da nossa proximidade com o Google aqui no Brasil — fomos residentes no Campus por um ano e participamos do Launchpad — , estamos muito bem atualizados principalmente quanto aos ecossistemas Google, Android e Cloud”, diz Gabriel.

Bastante voltado para anunciar produtos e features aos desenvolvedores, o evento mescla palestras com a chamada Sandbox, onde os participantes podem ter um contato mais próximo com os profissionais do Google. Para Gabriel, esses momentos foram os mais proveitosos: “Ali, podíamos conhecer melhor cada produto específico e as pessoas que o desenvolveram ou trabalharam nele de alguma forma”, explica o CTO.

Ao longo de todo o evento, outro aspecto muito perceptível foi o foco na privacidade e na inclusão. “Os produtos novos que eles anunciaram eram principalmente melhorias em uma questão de privacidade ou de inclusão”, conta Kazuo. “Isso é bem legal para nós e segue a linha de que já estamos pensando em muitas das coisas que eles estão fazendo. Conseguimos coletar ideias de como podemos trazer esses pontos para melhorar os produtos que já temos”, complementa ele.

Uma questão recorrente foi sobre como colocar a inteligência dentro do dispositivo, como os algoritmos de machine learning. Assim, é possível trazer mais agilidade e fortalecer a privacidade. “Quando você traz a inteligência para o dispositivo, a informação do usuário não precisa sair e a privacidade está garantida por definição. A informação sequer existe fora dali. As melhorias apresentadas para o teclado e para o sistema de voz, por exemplo, foram por causa disso”, explica Kazuo. “Eles conseguiram compactar o reconhecimento e a sintetização e deixá-los bem pequenos para o celular”, acrescenta Miguel.

Kazuo esclarece que “reduzir o tamanho e trazer esses recursos para o celular foi a solução técnica que o Google encontrou para o problema que queriam resolver: como garantimos privacidade? Evitando ao máximo tirar a informação do dispositivo. E como fazemos isso? Tornando-os mais rápidos e menores. Isso está bem alinhado com algumas coisas que também estamos tentando fazer aqui na idwall para deixar as soluções menores, mais rápidas e capazes de rodar dentro do maior número possível de dispositivos.”

Isso nos leva à preocupação de fomentar a inclusão por meio da tecnologia. A possibilidade de o usuário apontar o celular para um bloco de texto e de o aparelho lê-lo, por exemplo, é muito útil para uma pessoa não-alfabetizada. Entretanto, alguém que não sabe ler provavelmente não terá um smartphone top de linha. Isso foi especificamente abordado na palestra Designing for Accessibility, que, para Kazuo, foi uma das mais interessantes do Google I/O.

“Um ponto que eles levantaram que eu gostei muito foi que desenvolver para acessibilidade e para privacidade não é uma obrigação por que você está sendo uma boa pessoa; é um bom frame para você construir coisas e garantir que elas cobrem todos os cenários. É sobre como podemos criar produtos melhores utilizando informações de várias fontes”, diz ele. “Aqui na idwall, temos um foco não só em privacidade, mas em acessibilidade também — e esse é um dos aspectos que nos leva a inovar, pois estamos criando produtos que atendem a todas essas demandas automaticamente e já as carregam em seu cerne”, completa.

A possibilidade do Android de atender a todas as gamas de aparelhos móveis é, para Victor, um dos aspectos mais interessantes do sistema operacional. Nesse sentido, ele cita um exemplo apresentado no evento de uma mulher não-alfabetizada que dependia muito dos filhos para ajudá-la a interagir com o mundo e que agora, com o celular, conquistou liberdade e independência e pode também acompanhar melhor a vida escolar dos filhos.

No Google I/O, quem domina é o #TeamAndroid

Uma jornada até o mundo Android

Para Victor, um dos pontos altos dos lançamentos apresentados foi entender como deixar os modelos mais leves e atuando mais no âmbito offline levou o Google a alcançar um nível de assistente virtual que, na visão do desenvolvedor Android, “é o que todo mundo tenta hoje”. Ele conta que “no nível que eles apresentaram, além de rodar offline, o assistente consegue interagir com tudo dentro do celular, alcançando uma maturidade muito alta e permitindo que o assistente perca aquela forma meio robótica — ‘ei, Google, faça isso’ — para se tornar algo realmente natural e, por ser leve, muito mais acessível.”

Miguel destaca uma palestra que demonstrou como o conceito de autoaprendizado de máquinas pode ser utilizado para discriminar partes específicas de textos ao, por exemplo, extrair dados do próprio Google e possibilitando que os dados sejam separados conforme as necessidades dos profissionais. “Uma forma em específico de fazer isso era muita parecida com o que queremos construir aqui na idwall”, explica ele.

Estar tão próximo do universo Android foi gratificante especialmente para Victor, que desenvolve para o sistema operacional e faz parte da comunidade de desenvolvedores Google no Brasil. “Eles não só anunciaram o que tem de novo, mas também o que está por vir. Então, entre as ferramentas que já usamos por aqui, deu para ter vários insights sobre coisas que temos interesse em implementar”, explica ele. “Além da acessibilidade aos engenheiros Android, conhecemos melhor também o Flutter, outra plataforma para desenvolver aplicativos que já testamos aqui”, complementa o desenvolvedor.

Além dos profissionais do próprio Google, o evento torna-se um espaço de interação para profissionais de tecnologia do mundo todo — e a presença dos brasileiros foi forte! Victor diz que, contando apenas os integrantes dos GDGs, eram mais de vinte desenvolvedores do Brasil.

De acordo com ele, “a maioria das pessoas que participam do I/O vão para lá com um sentimento muito forte de estar com pessoas de outras nações trocando feedbacks e compartilhando conhecimento”. E os integrantes dos GDGs puderam fortalecer ainda mais esse contato, já que, no dia anterior ao início do Google I/O, a empresa organizou um evento especial só para a comunidade de desenvolvedores, com bate-papos e palestras.

Gostou de saber um pouco do que rolou no Google I/O? Se você também é uma pessoa desenvolvedora Android, como o Victor, temos vagas abertas que podem te interessar — incluindo algumas exclusivas para mulheres :) Clique aqui e confira!

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