Deus é amor, Igreja é amor
1Jo 4.7–21
Bom dia gente querida!
Graça e Paz!
O lecionário do Livro de Oração Comum propõe para nosso estudo semanal uma passagem bíblica extremamente relevante. Na epístola de hoje o apóstolo João nos leva a uma meditação acerca da natureza de Deus e como essa natureza de Deus é constituidora daquilo que chamamos de comunidade dos cristãos.
A primeira carta do apóstolo João é marcada por essa dinâmica de afirmação de uma característica da natureza de Deus e aplicação desta característica na constituição da comunidade. E entre essas afirmativas o apóstolo vai trazendo lições sobre o amor cristão.
No primeiro capítulo ele afirma que “Deus é luz” (1.5) e que, por isso, devemos como comunidade andar na luz (v. 6–7), confessando nossos pecados e crendo que Ele é fiel para nos perdoar (v. 8–9). E baseado nisso ele afirma que o amor é um mandamento, relacionando esse mandamento a prática iluminadora da comunidade dos cristãos (2.9–11) e declarando que nosso amor deve ser dedicado as coisas da luz e não as coisas das trevas ou deste mundo (v. 15–16).
No segundo capítulo ele afirma que “Deus é justo” (2.29) e, portanto, todo o que pratica justiça permanece em Deus. Essa justiça não é perfeita em nós, mas somos aperfeiçoados nela, a medida que o Pai nos mostra o que seremos quando Cristo vier (3.2) e é pela pratica desta justiça que demonstramos sermos filhos de Deus (v. 10). E baseado nisso a lição sobre o amor que ele nos traz é que não devemos ser como Caim que praticando o mal assassinou o seu irmão que praticava a justiça (v. 11–12).
É quando então chegamos na passagem que o lecionário nos propõe para hoje, quando no capítulo quatro o apóstolo nos afirma que “Deus é amor” e que a comunidade dos cristãos, além de uma comunidade reconciliadora e uma comunidade ética, deve ser uma comunidade relacional, pois quem não ama não conhece a Deus (v. 8).
Essa comunidade relacional, segundo o apóstolo, é demonstrada a medida em que, cada cristão, baseado no tamanho amor de Deus por nós, compromete-se em “amar uns aos outros” (v.11) e a medida que o amor de Deus é exercido em nós, é amadurecido, chegando a sua “expressão plena” (v. 12).
Essa comunidade relacional também exige confissão. Precisamos crer que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus Vivo (v. 15), pois a medida em que isso é confessado em nossas vidas, consolidamos a certeza que Deus nos ama e confiamos em Seu amor (v. 16).
Essa comunidade relacional nos ajuda a combatermos o medo. Pois a medida em que nos conhecemos, compartilhamos de nossas falhas, somos perdoados e perdoamos, nos comprometemos a uma vida ética e somos transformados pelo Espírito Santo — pois tudo isso é obra do Espírito Santo — não tememos mais o juízo, pois experimentamos plenamente o amor de Deus na comunidade.
Para refletir
1) Temos sido, como Igreja de Cristo, sinais do amor de Deus na vida uns dos outros?
2) Como podemos aperfeiçoar a nossa vivência como comunidade reconciliadora, ética e relacional?
3) Temos demonstrado diariamente que cremos no Cristo, o Filho do Deus Vivo?