Manifestando Filhos

Romanos 8.18–23

Pr. Diego Avlis
IgrejadeCristo
3 min readJul 4, 2020

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Queridos irmãos e irmãs,
graça e paz!

O nosso lecionário nos propõe para nosso estudo semanal: Romanos 8.18–23. Nesta passagem encontramos o apóstolo lidando com o problema do sofrimento.

Se observarmos seu contexto imediato, vamos ver no início do capítulo 8, o apóstolo Paulo declarando-nos que, de fato, não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus (v. 1), ainda que a nossa carne continue em servidão a lei do pecado (7.25), pois a lei do Espírito que leva a vida nos libertou da lei do pecado que leva a morte (8.2).

Segundo o apóstolo, a Lei não é capaz de nos salvar por causa de nossa natureza completamente contaminada, antes a obediência de Jesus ao assumir a nossa natureza humana, fez por nós o que a Lei não poderia fazer (v. 3) e agora, não seguindo mais nossa natureza humana, mas pela capacitação sobrenatural do Espírito somos impelidos a cumprir as justas exigências da Lei (v. 4).

O apóstolo com isso atesta que, um dos sinais de um cristão genuíno, é não ser controlado pela natureza humana que leva a morte, mas pelo Espírito que habita em nós e lava-nos a vida (v. 9). Esse Espírito que habita em nós nos liberta de toda escravidão e nos proclama filhos de Deus (v. 15). A libertação e regeneração do homem, portanto, não é um ato externo, mas uma obra essencialmente interior, realizada pelo Espírito de Deus em nós (v. 11).

Contrapondo-se ao pecado, a ação do Espírito cria um novo tipo de relacionamento dos homens entre si e destes com Deus: a relação de família. Agora podemos chamar a Deus de nosso Papai (v. 15) e nos identificar mutuamente como filhos de Deus (v. 16), herdeiros e co-herdeiros com Cristo (v. 17).

Para o apóstolo, o sofrimento do tempo presente é um forma de participação dos sofrimentos de Cristo e implica a seriedade de um testemunho com o de Jesus, pois, invertendo a ordem sem alterar o produto, se participaremos de Sua glória como co-herdeiros, nada mais justo que participarmos do Seu sofrimento (v. 17). Provações e sofrimentos estes que não se compararão com a glória futura (v. 18).

A luta contra o pecado é possível para aqueles que estão sob a influência do Espírito de Deus e não terminou, mas está acontecendo no nosso dia a dia, gerando uma expectativa universal pela nossa manifestação diária como filhos de Deus (v. 19). Toda a criação sofre as consequências do pecado humano e está fadada a decomposição, futilidade e corrupção (v. 20), mas também está preenchida da esperança de ser gloriosamente liberta da decadência com a manifestação dos filhos de Deus (v. 21).

Como as primícias de uma colheita, nós os filhos de Deus, já temos o Espírito Santo como garantia da colheita que está por vir, mas estamos em constantes sofrimentos porque aguardamos ansiosamente o dia em que desfrutaremos dos nossos “direitos de adoção”, incluindo, conforme o apóstolo diz, a redenção do nosso corpo ainda sujeito a lei do pecado (v. 23).

Para refletir

  1. Temos nos manifestado como filhos de Deus?
  2. Temos nos envolvido em ações concretas que ajudam a criação em seu sofrimento presente?
  3. Temos deixado o Espírito Santo conduzir as nossas vidas em lugar da nossa natureza pecaminosa?

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Pr. Diego Avlis
IgrejadeCristo

Ser um sinal da Providência de Deus em minha geração