Preciosas lições de adoração, vida e crença!

Ap 4.1–11

Pr. Diego Avlis
IgrejadeCristo
3 min readJun 6, 2020

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Bom dia gente querida!
Graça e Paz!

No começo do livro de Apocalipse, o apóstolo João, a partir das revelações que recebeu, descreve o agir de Deus ao longo da história através da Igreja e a intervenção poderosa de Deus na história, corrigindo os erros da Igreja, honrando seus acertos e propondo diversos galardões aos vitoriosos. Mas na passagem que o lecionário do Livro de Oração Comum nos propõe para este domingo (Ap. 4.1–11), vemos o apóstolo recebendo uma visão, ou seja, o apóstolo ao discernir o agir de Deus na história olha para o que está além da história, “o que acontecerá depois destas coisas” (v. 1), olha para o alto, é levado a subir, a contemplar a porta que se abre no céu.

A primeira cena que o apóstolo contempla é um trono e nele alguém estava assentado (v. 2), em outras palavras, na visão é revelado ao apóstolo que há um trono que está para além da história e que esse trono não está vazio, antes há um “alguém”, um ente, que sobre ele está assentado com poder e regência sobre toda a história. Este alguém brilha em santidade, representado ali pelo jaspe (v. 3), e justiça, representado pelo sardônio, e seu governo é dirigido por amor e misericórdia, representado pelo arco-íris (Gn 9.13–17).

Mas além daquele trono não estar vazio, também não estava sozinho. Ao redor do trono haviam 24 outros tornos, nos quais estavam sentados 24 anciões (v. 4). Em outras palavras a visão nos apresenta que o Povo de Deus, representado pelos 24 anciões, 12 representando o povo de Deus na antiga aliança e 12 representando o povo de Deus na nova aliança, participam da regência da história, representada pelos tronos. Estes anciões são revestidos de branco, simbolizando pureza, e são dotados de coroas, representando a vitória.

A visão nos apresenta um Senhor que tem poder para agir continuamente na história, Ele não está passivo, antes governa as forças da natureza, trovões e relâmpagos (v. 5), e por meio do Seu Espírito, dinâmico e complexo, representado pelo número da completude, sete, dá vida a todos os seres e governa todos os povos, representado pelo mar de vidro (v. 6).

Diante de tudo isso haviam quatro seres viventes (v. 6), semelhantes a um leão, um boi, um filho do homem e uma águia (v. 7). Elas podem representar toda a criação, pois quatro também indica totalidade, falando de um Deus que está sempre vigilante, representado pelos olhos (v. 6), e pronto a agir, representado pelas asas (v. 8), em favor de Sua criação.

Por fim, cada um destes grupos de seres, os seres vivos e os anciões ao seu próprio modo, reconhecem aquele que está assentado no trono como Senhor da criação e da história, pois Ele que é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, é, era e ainda será (v. 8), indicando a existência de Deus independente do tempo, e Aquele que é digno de receber glória, honra e poder, o é por ter criado todas as coisas (v. 11), indicando a existência de Deus aquém do espaço.

Por meio desta visão podemos extrair preciosas lições para a adoração, vida e crença da Igreja. Vemos nele a criação toda se render em adoração a Deus, vemos os anciões condicionarem suas vitórias ao Senhor que está no trono, a medida em lançam suas coroas diante do trono (v. 10).

Para refletir

01) A quem representam os anciões e como eles podem nos servir de modelo de vida e de adoração?

02) Como podemos usar a criação para adorarmos a Deus?

03) O que esse texto nos revela para nós acerca do Espírito Santo?

04) O que esse texto nos mostra acerca da Santíssima Trindade?

Você pode enviar-nos suas considerações e resoluções em diegofcavlis@gmail.com.

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Pr. Diego Avlis
IgrejadeCristo

Ser um sinal da Providência de Deus em minha geração