Famílias (NÃO) Tradicionais

Uma fotorreportagem sobre modelos familiares plurais e inclusivos

Da esquerda para a direita, a filha mais nova, Nicole dos Santos Ferreira, a mãe, Geni dos Santos Ferreira, e a primogênita, Natássia dos Santos Ferreira, com seu namorado Cleiton Fagundes. Para eles, “família é um porto-seguro”.

Hoje, 15 de maio, é comemorado o Dia Internacional das Famílias. A ideia de celebrar esta data surgiu, no dia 20 de setembro de 1993, a partir de uma deliberação da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

O conceito de “família” tem diferentes sentidos e interpretações ao longo da história. A palavra vem do latim “famulus” e significava, inicialmente, um grupo de escravos ou servos pertencentes ao mesmo patrão.

Na modernidade, o conceito aparece em muitos debates e projetos de lei. A constituição Federal de 1988 reconhece “ a união estável entre um homem e uma mulher” e “a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes” como família. O artigo foi sancionado em 1996 e manteve os termos.

Em 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal reconheceram, por unanimidade, a união de pessoas do mesmo sexo como família, igualando os direitos e deveres de casais heterossexuais e homossexuais. No entanto, em 2013, houve um retrocesso. O deputado Anderson Ferreira, do Partido Republicano, propôs um projeto de lei (PL 6583/2013) para o Estatuto da Família. Este documento limita o modelo familiar a uma união estável entre um homem e uma mulher . Em 2015, o projeto foi aprovado, apesar de ferir os direitos humanos.

Perguntamos a algumas pessoas o que significava família para elas.

Para Renata Ribeiro e seu filho, Arthur dos Santos Müller , “família é a base de tudo”.

“A união e a cumplicidade são as características que melhor representam a nossa família”.

Jorge Luiz Cunha e sua filha Pâmela Fagundes Cunha acreditam que “família é compartilhar as coisas e se ajudar”.

“Na nossa família, o companheirismo e o respeito, assim como o amor, ficam em primeiro lugar”.

De acordo com os irmãos Bruno Dias da Silva (esquerda) e Breno Dias da Silva (direita), “família é mais do que ter laços sanguíneos, é ter amor e carinho entre as pessoas”.

“Sempre que um de nós precisar, o outro estará lá para ajudar”.

De acordo com o casal Milena Meyer (esquerda) e Keily Ribeiro (direita) e a filha Kaily Meyer, “família é quem cuida e se ajuda”.

“Somos uma família como qualquer outra, o único diferencial é sermos duas mães cuidando de uma criança”.

“Nos diferenciamos do ideal heteronormativo de família, modelo que não aceita a união de pessoas do mesmo sexo.”

Para o casal Cristian Grott (esquerda) e Émerson Santos (direita) “família é um conjunto de indivíduos que, por amor e afinidade, resolveram compartilhar suas vidas”.

E para você, o que é família? Como resgatar uma visão mais inclusiva e plural deste conceito?

Parabéns a todas famílias. Celebremos o amor e a união. Esperamos que, em breve, em um contexto pós-pandemia, possamos estar mais próximos fisicamente de quem amamos.

Filipe Pimentel