O zodíaco e suas origens

Jornalismo UNIFAAT
imaginariopopularUNIFAAT
4 min readNov 21, 2018

Daniel Ortunho e Joceline Olivato

Os primeiros registros sobre o horóscopo apareceram a partir do século 7 a.C., quando várias civilizações antigas se dedicavam à observação do céu. Suas populações acreditavam que os astros podiam influenciar a vida humana — especialmente o destino dos recém-nascidos. Entretanto, a versão do horóscopo que conhecemos hoje — uma mistura de influências da astrologia milenar dos babilônios, do conhecimento matemático dos egípcios e da filosofia grega — surgiu provavelmente por volta do século 5 a.C., com a criação do zodíaco. Em sua origem grega, essa palavra significa “círculo de animais” e indicava o grande cinturão celeste que marcava a trajetória do Sol naquela época. Dentro dessa trajetória, cada constelação por onde o astro passava simbolizava um signo. O número de constelações e as figuras que as indicavam variavam para cada civilização.

Uma das ideias base da astrologia, talvez seu pilar fundamental, é a de que “os eventos na Terra estão relacionados aos movimentos dos planetas no céu” ou de forma explícita, que o posicionamento dos astros no momento do nascimento de uma pessoa determina não apenas o seu caráter, mas também seu destino. Por muitos anos, durante a antiguidade, os homens acreditaram que a magia se misturava aos acontecimentos diários. Eles imaginavam que ela interferia nas colheitas, na confecção de armas e no afastamento das doenças. Os sacerdotes antigos dedicavam seu tempo no estudo das estrelas e naquela época já podiam prever os eclipses. Por acreditar que o futuro estava ligado à posição dos astros, o povo acreditava fielmente que estes homens podiam também predizer o futuro.

A astrologia (do grego astron, “astros”, “estrelas”, “corpos celestes”, e logos, “palavra”, “estudo”) é uma “pseudociência” segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes poderiam prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos relacionados à vida do ser humano. É, como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta de entendimento das personalidades humanas. Os astrólogos afirmam que o movimento e as posições dos corpos celestes podem influenciar diretamente ou representar eventos na Terra e em escala humana. Alguns definem a Astrologia como uma linguagem simbólica, uma forma de arte, ou uma forma de vidência, enquanto outros definem como ciência social e humana.

Nenhum estudo científico realizado até hoje mostrou a eficiência da astrologia para descrever personalidades ou fazer previsões e, por isto, ela é considerada pela comunidade científica uma pseudociência ou superstição, não compatível com o Método Científico.

Ao definir uma referência fixa para a observação dos astros, o zodíaco impulsionou o surgimento dos horóscopos individuais com mapa astral, uma análise do céu na hora do nascimento que, supostamente, traz revelações sobre a pessoa e seu destino. Ainda no início da Era Cristã, as civilizações antigas definiram o perfil de cada signo, levando em conta, por exemplo, as peculiaridades das estações do ano.

Além da que se chama hoje ocidental, são praticadas hoje no mundo todo, outras formas de astrologia. Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa. A Índia conheceu a astrologia da antiga Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C. Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey.

Um grande número de astrólogos praticantes e de “filósofos da astrologia” a vê como uma arte baseada em conhecimento técnico, conhecimento tradicional e uma concepção sistêmica do universo. Segundo Marcia Fervienza, astróloga há mais de 15 anos, membro da American Federation of Astrologers e colaboradora em Astrologia para diversas revistas, a astrologia nunca é falha. “Dizer que a Astrologia falha seria o mesmo que dizer que a força da gravidade falhou. E, até hoje, isso não aconteceu. Mas os astrólogos, sim, podem falhar. Quanto mais conectados estamos com nós mesmos, mais conectados estamos com o todo a nossa volta. E quanto mais conectados estamos com o todo, mais fácil é percebermos os sinais do Universo de que é hora de mudar, crescer, partir, renunciar ou resgatar.”

No paradigma da física moderna, não existe nenhuma forma de interação que poderia ser responsável pela transmissão da suposta influência entre uma pessoa e a posição de planetas e estrelas no céu no momento do nascimento. Além disso, todos os testes feitos até agora, mantendo métodos rigorosos para incluir um grupo de controle e mascaramento adequado entre experimentadores e sujeitos, não resultaram em qualquer efeito além do puro acaso. Por outro lado, alguns testes psicológicos mostram que é possível elaborar descrições de personalidade e previsões suficientemente genéricas para satisfazer a maioria dos membros de um grande público ao mesmo tempo. Este é o efeito conhecido como o Efeito Forer.

Nos dias de hoje, muitas pessoas costumam consultar o horóscopo para realizar qualquer tipo de tarefa cotidiana. Existem até mesmo astrólogos que elaboram mapa astral, cujo objetivo é detectar problemas ou sucessos no trabalho, vida amorosa, saúde, relacionamentos, etc. E acreditar nesses estudos, é uma opção completamente pessoal.

--

--