O som das coisas

João Alonso
Imagine S.A.
Published in
1 min readFeb 11, 2018

Tudo deveria ter um nome, ou senão, não se deveria dar é nome nenhum. Para quê criar essa fronteira sintética onde só cabem as partes do todo que merecem ser vistas? Pra quê recortar do todo a parte que importa, e deixar pra trás a parte que porta todo o resto?
E se, de hoje em diante, nada mais tivesse um nome — essa caixinha séria onde só cabe o que se aguenta?
E se tudo fosse feito de apelido, para que ninguém visse sentido só no que se pesa? E tudo aquilo que se despreza? Não seria assim se deixassem mais divertido. De hoje em diante, só uso apelido.

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