Pequenas maravilhas
Estou andando pela praça quando, de repente, surge um pequeno coelho rosa e me pergunta as horas. Não entendo muito bem o que se passa, mas ninguém deve ser mal educado com um coelho, ainda mais rosa. Ele ouve o horário e se vira correndo em direção à estação de trem. Não era um bom momento para estar atrasado.
Continuo comendo minha maçã do amor, enquanto me sento no banco da praça. As pessoas vêm e vão. Mas não vejo outros coelhos. Talvez ele tenha sido o último a sair. Pensando bem, faz algum tempo que não vejo outras espécies com pressa pela rua. O último tatu que encontrei estava um pouco enrolado com a vida e aquele casal de pombos da semana passada nem me deu atenção.
Acho que é melhor eu ir para a escola. Ninguém gosta muito de mim por lá, mas minha mãe vai tirar todos meus livros se ela souber que faltei de novo. De qualquer forma, estou com a senhora lagarta no meu bolso, ela vai me fazer companhia.
— Alice, acabou o intervalo! — grita o inspetor
