Aquele que sempre está certo
Ele nunca conversava e seus ouvidos
nunca estavam abertos a outra palavra;
discutia, brigava contra tudo que tratava
de modo que nada nunca era resolvido.
Gritava com aquilo que não o beneficiava,
pois nunca queria abaixar a cabeça.
Irritado ficava quando outro o contrariava
e sempre contendia para que a ideia prevaleça.
Por politica amigos o deixaram,
sua família questão não fazia,
pois a subversão nunca toleravam.
Seus amores sempre o dizia
que por seu ódio a religião não o amavam,
e que para ser feliz deveria largar essa mania.
A mania que do mundo o afastava,
de si e das pessoas ao redor
quando empatia não mostrava,
e que tornava sua vida mais amarga.
Na discussão um dia se calou
e percebeu que também podia escutar;
no peito a solidão não mais se instalou,
pois ninguém voltara a lhe deixar.