Aqui Nós Vendemos Vitórias
Domino enfim o espaço físico dos meus atos
Por entre silhuetas e entranhas
Cavando com minhas próprias unhas
Qualquer saída de emergência
O humor é tão trágico quanto uma chacina
Se faz presente no momento atordoante
Em pessoas que morrem por sua auto negligência
Não tem graça quando você conhece mais a coveiros do que a si mesmo
A conquista do que é descartável:
Meus olhos, minhas vontades
Minhas obturações, seus obituários
Meu constrangimento em frente a todos
Quem me toma pelas mãos se faz desconhecido
Eu não sei teu nome. Nojo. Eu não sei tuas intenções. Nojo
Eu vejo teus olhos incômodos com meu temor. Nojo, outra vez
E mesmo que dite o pacífico, eu ainda estou nessa descrença
O próprio espaço carrega a tensão
Tendo aspectos de meus agressores
Teu perfume enferrujado do meu sangue
Simbolizando minha morte prematura
Dar rosto aos deuses de metal e ouro
Tudo até seus rostos espelhados
Se conformarem com a artificialidade
As bandeiras e os dilemas, todos diluídos
Teus símbolos culturais se desmancham no ar
Em virtude da condenação existir descritivo
Creio tão somente naquilo que me denotam
Posta em relação ao meu querer exposto
Reciclagem de todo argumento, a cada quinzena
Já faz parte, a raiva e o luto condensado
Em uma quadrilha argumentativa
Deliberando danças com algoritmos