Verão
Então vi o que não tinha visto antes
Junto da brisa da manhã
Vem a alegria do livramento
Das tuas amarras me libertei
Toda névoa se dissipou
E no espelho me reconheci outra vez
Quando pensei não ser mais possível
Vi meu coração renascer
Seus poderes eram fracos
O relógio, antes inimigo, se tornou cúmplice
Na solidão encontrei minha melhor companhia
Entre medo, raiva e coragem ressuscitei
Em Plêiade me transformei
O carnaval chegou meu amor
Se fez necessário quatro estações
Para meu exorcismo
Levo todas as cicatrizes em mim
Para nunca esquecer que não me troco por ninguém
.
.
*quarto texto da série de poesias: Quatro estações para o adeus