Autodidata
Quero aprender? Dava meu jeito.
Idiomas, aleatoriedades e disciplinas profissionais. E?
Hora do chá sem papo de coach, lição de vida ou ideia empreendedora: nem todas as pessoas precisam ser autodidatas.
Não é um problema ter um estilo de aprendizagem no qual a figura de alguém ensinando seja essencial. Também não é uma questão irreparável não conseguir estudar EAD.
Comento isso porque 100% das vezes em que estou atuando como professora/facilitadora esse trio de inquietações chega das pessoas que estão estudando comigo.
O oposto também vale: ninguém é mais coisa alguma por ser autodidata. Só é alguém que passa por processos mais trabalhosos de aprendizagem. A gente não pensa, mas olha só quantas etapas: curadoria, correção, manter aderência ao que se aprende, avaliação — tudo é a própria pessoa que tem que fazer. No mais das vezes, sem preparo adequado, mas no peito e na raça.
“Ah, pôxa, mas a resiliência que se desenvolve!” Sim, como um efeito colateral que transita entre a teimosia e o grau de necessidade de aprender aquele assunto. Criatividade e adaptabilidade, idem.
O que é importante, sim, a despeito de classe social, idade, gênero, raça, religião…
É que precisamos ter interesses e sempre continuar seus estudos — indiferente do que seja e o que as outras pessoas venham falar. Sem esquecer de se avaliar e compreender seu estilo de aprendizado para tirar proveito da experiência.
E aí, o que estão aprendendo hoje?