Pausa
Então, as pessoas entram em férias. O final de ano no Brasil, junto da chegada do verão e o efeito sextou se prolonga para todos os dias, turbinado com um senso de urgência. Aí o pessoal some, e chegam fotos de festas, viagens…
Percebam, os finais de ano sempre são corridos quando se trabalha com educação. Nas escolas regulares (não é meu caso), é fechar nota, caderno de chamada, conselho de classe. Em cursos de idiomas, quase a mesma coisa — com o plus da preocupação de se garantir a rematrícula para as turmas do próximo nível. Em cursos livres, organizar as grades de horário, ofertas e calendário para os cursos de verão.
No universo de conteúdo digital, e-commerce e mídias sociais, outra correria. Vem o Natal com mensagens, cartão, promoções, ofertas. Depois é votos de ano-novo, aviso de recesso ou aviso de funcionamento, já deixar no gatilho o saldão dos primeiros dias de janeiro. Reuniões de fechamento, estratégia e reviews.
O mundo acadêmico também marca sua presença. Demanda avaliações, rematrículas, a entrega dos artigos e trabalhos. As revisões de versões, formulários, atualizações das atividades realizadas nas plataformas de pesquisa — Lattes, Research Gate, Sucupira.
Captaram que até aqui já são os três pares de braços, como na foto? Bom, resta um bom par de pernas para sair por aí e dar conta do que não é menos importante: as tarefas do cotidiano, a vida (o universo e tudo mais) e no meu caso, ainda, o meu aniversário.
Vez por outra alguém me pergunta como dou conta. Não sou polvo ainda, também não parei de dormir (embora durma tarde), e aí?
Para mim, é primeiro compreender a diferença entre o que é urgente e o que é importante e vice-versa. Por vezes é difícil e caio em armadilhas, mas no geral o resultado está mais favorável.
Segundo, evitar a autonegligência. Sim, vou me sentar por 15 minutos e olhar qualquer coisa além da tela do computador porque estou com a cabeça cansada. Não, não vou deixar de brincar com meu filho se posso assistir a gravação do webinar mais tarde ao invés de estar online naquela hora. Nada de pegadinha do home office de ficar de pijama, por favor.
Terceiro, sem encarar tudo como uma luta. Não “venço” um conteúdo/uma aula/ um texto. Esse termo de “vencer” algo implica que algum lado perde. Eu não tenho que encarar minhas tarefas como minhas inimigas, elas me engrandecem e permitem uma infinidade de outras coisas quando eu as concluo. Comemorar conquistas não quer dizer que é preciso diminuir o outro lado, não é?
Nada disso é simples ou fácil. Funciona comigo, mas nem por isso é regra fixa. O essencial é estar aberto ao método científico: tentativa, erro, análise, repetição. Claro, aproveitando a vista, sempre — afinal, a vida é isso.
Vá além:
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