Promessas

Diego Santos
Incomunidade Crônicas
2 min readSep 7, 2015

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O cesto de junco balança nas águas do grande rio enquanto à margem uma mãe pranteia a despedida. As lágrimas que escorrem-lhe pelo rosto preenchem as águas do Nilo com dores de coração partido. Ela é apenas mais uma entre tantas mães obrigadas a desistir de seu maior amor frente a tirania de uma terra sem Deus. A razão lhe diz que ainda há esperança, mas o gosto salgado do pranto contamina a doçura da perspectiva de um futuro feliz. O último beijo de despedida imprime-lhe na mente a lembrança que jamais esquecerá. Os olhos fechados do bebê que tranquilo dorme são a voz do Eterno lhe convidando a descansar também.

A promessa é dEle.

O pequeno barco de madeira balança perigosamente nas águas agitadas enquanto um pai luta por agarrar-se à sua família. As lágrimas que escorrem-lhe pelo rosto preenchem as águas do Mediterrâneo de dor e desespero. Ele é apenas mais um pai entre tantos, obrigado a arriscar a vida de sua família para salvá-la da selvageria tirana de uma terra sem Deus. A razão elimina da mente toda e qualquer esperança quando as salgadas ondas do mar o separam da doce companhia da esposa e filhos. O futuro feliz acabou.
O último olhar de despedida imprime-lhe na mente uma lembrança que jamais esquecerá. Ele não sabe, mas as mãos que escapam-lhe das suas e os gritos dos meninos chamando pelo pai são a voz do Eterno lhe convidando a chorarem juntos agora, mas não pra sempre. Tudo isso terá um fim.

A promessa é dEle.

Êxodo 2:2,3

Baseado em fatos reais

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