Como se preparar para facilitar um Design Sprint?

Giselle Jensen
Indigo Health
6 min readDec 2, 2021

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Semana anterior

Use um tempo na semana anteriores para preparar uma versão sua do como podemos, objetivo e perguntas do sprint, mapa e demonstrações relâmpago.

A maneira de fazer isso é por meio de uma reunião de kickoff com a pessoa que mais conhece o projeto e provavelmente será o decisor do sprint. Você pode fazer perguntas básicas para começar a entender o desafio, como:

  • quais são os problemas principais a serem atacados
  • como as coisas funcionam agora
  • o que os problemas de hoje acarretam

Enquanto você escuta as respostas pode ir escrevendo seus “como podemos” e a partir disso criar sua versão de objetivo, pergunta do sprint, e mapa, além de começar a entender um pouco a mais sobre o desafio por meio de pesquisa secundária e benchmarkings para o a rodada de demonstrações relâmpago.

É importante deixar claro que o que você esta fazendo não são as respostas finais e sim uma maneira de começar a entender melhor o desafio, e quando você fizer o sprint com o time, isso vai mudar. Suas respostas podem ser usadas como uma forma de iniciar a discussão e iterar em cima.

Essas primeiras perguntas também podem ajudar os recrutadores a começarem a prospectar usuários para o dia de testes. Tenha em mente que bater as agendas e conseguir a participação de 5 usuários alvo não é tão fácil e talvez demande certo tempo, começar com antecedência te ajuda a terminar os testes dentro do prazo.

Outra pessoa que você pode ter uma conversa antes do sprint é a pessoa que será o designer do sprint e vai prototipar a solução e fazer os teste com usuário, para entender como essa dinâmica vai funcionar. Na Indigo, por exemplo, nos que fazemos a parte de prototipação e testes com usuários, mas dependendo da sua situação esse papel pode ser de alguém da própria equipe e é importante que isso fique definido.

Começar na segunda com alguma ideia e o desafio mais bem entendido te da confiança para fazer um bom design sprint.

Quais problemas podem ser testados no sprint?

É muito importante que os problemas certos sejam trazidos para serem foco do sprint. O problema tem que ser grande o suficiente para valer a pena bloquear a semana de varias pessoas de áreas diferentes e tem que se um problema o qual o resultado, se feito de forma errada, pode custar dinheiro para a empresa. Logo, não faz sentido fazer um sprint para mudar a cor de um botão do seu site, por exemplo, mas talvez para adicionar uma nova feature ou criar um novo produto. Outra questão a ser pensada é se o problema envolve varias áreas da empresa, se for um problema muito compartimentado talvez seja melhor resolve-lo dentro de uma área especifica.

Por outro lado, o problema também não pode ser muito aberto, temos que escolher um problema, uma persona e uma etapa da jornada. Se queremos testar vários produtos, por exemplo, deveríamos fazer mais que um sprint, se quisermos testar mais personas também.

Alguns casos que podemos destacar para fazer um design sprint são quando:

  • O problema é relevante, complexo e inspirador de se resolver;
  • É focado em um público ou segmento alvo bem definido;
  • Existe incerteza e alto risco no caminho a seguir, então é fundamental testar antes de lançar esse produto ou serviço no mercado;
  • Há grande divergência de opiniões em relação ao que deve ser feito; ou Até existe um projeto, mas o prazo está curto e precisa de um impulso.

Como escolher o time de sprint?

Se for uma empresa menor como uma startup, normalmente os participantes serão o líder do projeto ou CEO, o product manager, designers, sales, marketing, e tecnologia além do facilitador. Se for uma empresa maior em que a probabilidade de ter o CEO na sala é bem menor, então incluir o membro mais sênior possível como o produto owner, pode ser uma solução. O numero ideal de participantes é 7 pessoas, podendo ser um pouco menos, porém sem passar muito de 8. O facilitador deve ser a pessoa que no mundo real, na empresa, tem a autoridade para fazer as decisões sobre o produto, imagine que não vale a pena rodar um sprint só para que o resultado dele seja vetado por outra pessoa mais sênior futuramente. A figura do decisor é muito importante para o sprint, e é bastante não recomendável fazer dinâmicas sem ele, porém se o decisor precisar muito sair durante a dinâmica, é importante que ele passe o poder de decisão para outra pessoa.

Recapitulando

  • Antes do design sprint iniciar, de fato, é recomendado, que você como facilitador, converse com pessoas chave do projeto e obtenha um entendimento melhor do desafio para propor discussões durante o sprint e contribuir melhor para o desenvolvimento
  • É interessante já deixar combinado quem será o facilitador, quem irá prototipar e fazer os teste com usuários, e caso o decisor precise sair em qualquer momento da dinâmica quem será nomeado para ocupar seu lugar
  • A escolha do desafio do design sprint é importante. Ela não pode ser muito fechada ou de uma área específica, pois deve valer a pena o esforço de agendas, mas também não pode ser muito aberta pois o sprint funciona melhor com uma delimitação de um problema, uma persona e uma etapa da jornada
  • Um time ideal de design sprint tem 7 pessoas: um decisor e pelo menos uma pessoa de cada setor que o desafio pode abranger
  • A posição do decisor é muito importante, não vale a pena chegar em uma decisão que será descartada mais a frente.

Na prática

O objetivo do sprint não é chegar na lua, mas fazer rápidos ajustes de rota para garantir que estamos na direção certa. Por ser uma metodologia de testagem ágil, ele permite que façamos um projeto validando os problemas mais relevantes de maneira mais rápida e barata.

Alguns dos benefícios que podemos destacar, por exemplo, são:

  • Desempacotar e nivelar o conhecimento pelo grupo todo;
  • Definir o foco específico de atuação deste ciclo;
  • Desenhar potenciais soluções;
  • Escolher a ideia vitoriosa, que será prototipada;
  • Testar rapidamente com 5 usuários alvo.

Vale a pena ressaltar que existem 3 resultados possíveis para um design sprint:

  • Falha eficiente: quando a maioria das hipóteses foram invalidadas logo de cara é muito útil, pois fica evidente quanto tempo e dinheiro foi economizado por não levar essa ideia adiante.
  • Sucesso falho: validamos parte das ideias, mas sempre fica aquela sensação de “é… não era bem isso que esperávamos”. Vale refletir, refinar as ideias e testar em outro Sprint de iteração.
  • Vitória épica: o lugar onde todos gostariam de estar: a hipótese inicial atendeu boa parte das necessidades dos usuários, e é hora de desenvolver o quanto antes essa solução!

Dessa forma, em qualquer um dos resultados você termina o sprint um passo mais próximo de uma solução efetiva.

Quem somos?

A Indigo Health é uma consultoria pioneira em trabalhar inovação, tecnologia e design com foco exclusivo na área da saúde.

Imagem de grupo reunido com a equipe da Indigo Health — Foto: Reprodução/Indigo Health

Nasceu com um grupo de profissionais híbridos, como médicos desenvolvedores de software, nutricionistas designers e profissionais da indústria que estavam trabalhando com inovação. Hoje conta com mais de 10 perfis profissionais para tratar temas de toda a cadeia de saúde com quem a empresa tem trabalhado, como laboratórios, hospitais, instituições acadêmicas, indústria farmacêutica nacional e internacional e healthtechs de diversos estágios de maturidade.

A Indigo atua identificando desafios e oportunidades para seus parceiros e suportando toda a jornada para desenvolver soluções competentes, sejam elas digitais — como sites, aplicativos e sistemas diversos, ou não, como estratégias, serviços ou mesmo produtos físicos, sempre integrando o olhar de quem entende de saúde com o de quem entende de inovação.

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